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Direção do SINDIFES avalia Plenária da Fasubra e Indicativo de Greve para Outubro

25/09/2017
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A Plenária da FASUBRA, realizada entre os dias 15 e 17 de setembro, deliberou um Plano de Lutas tendo como principal eixo o indicativo de greve no dia 23 de outubro para o enfrentamento dos ataques do governo Temer ao serviço público, aos trabalhadores e em defesa das instituições federais de ensino. A delegação do SINDIFES participou de todos os debates durante toda a Plenária, defendendo a necessidade de articulação de um movimento paredista forte como única forma de resistência e luta para barrar os ataques. Esse também foi o encaminhamento da Assembleia da base do SINDIFES, realizada no dia 25 de agosto, na UFMG.

O indicativo a ser debatido nas bases da FASUBRA propõe a realização de uma Greve que terá como objetivos a luta contra a reestruturação das carreiras do serviço público, principalmente do PCCTAE; em defesa das universidades, CEFETs e institutos federais; contra a aprovação da reforma da previdência e pela revogação da reforma trabalhista. Durante o período de mobilização a FASUBRA deverá articular junto às demais entidades do serviço público para unificar movimentos sociais, centrais sindicais, Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo e demais entidades dos trabalhadores. Internamente, os estudantes e professores serão convidados a construir uma luta conjunta para o enfrentamento ao sucateamento e desmonte das IFES brasileiras.

Também é pauta para o debate nas assembleias das entidades de base a indicação do adiamento do CONFASUBRA  para o próximo ano (meses de maio ou abril de 2018), caso se confirme a greve.

Por que a Greve se faz necessária?

Porque estaremos lutando por nossos empregos e não somente pelos salários. Isto fica claro quando analisamos o pacote de maldades do governo e os sucessivos cortes no orçamento das instituições federais de ensino desde 2015. Não podemos ficar inertes enquanto somos ameaçados pelo congelamento dos investimentos por 20 anos (com a PEC 55/2016, atual EC95); congelamento salarial em 2018 e 2019; rebaixamento dos pisos e tetos das Carreiras; proposta de Medida Provisória para alterar a carreira dos TAE; congelar o IQ e transformá-lo em VPNI para quem já tem e cortar para quem ainda não tem; cortes nos benefícios e auxílios, aumento da alíquota do PSS de 11% para 14%, dentre outras medidas.

Se no últimos 15 anos tivemos crescimento quantitativo e qualitativo nas instituições federais de ensino, estamos agora sendo empurrados para a década de 1990, quando as universidades não tinham dinheiro para comprar papel higiênico, não havia concurso público para repor a força de trabalho, os trabalhadores eram desvalorizados, mal pagos e tinham péssimas condições de trabalho.

Os ministros da Educação e da Fazenda apoiam e até indicam ao governo do Rio de Janeiro demitir os servidores públicos concursados da UERJ, para não terem que investir em Educação. O que está acontecendo no Rio é apenas um ‘balão de ensaio’ para a esfera federal. O PMDB vem testando no Rio as maldades que serão aplicadas no resto do país, inclusive na esfera federal. Como foi o caso do aumento da contribuição previdenciária que passou primeiro pelo Rio e agora quer ser implantada por Temer para os servidores públicos de todo o país.

As instituições federais de ensino já estão reduzindo o número de vagas para 2018 e têm meses de contas atrasadas, obras paralisadas, redução na assistência estudantil, cortes de bolsas, cursos em processo de fechamento e ausência de qualquer expectativa para contratação de trabalhadores, nem mesmo para a reposição daqueles que estão se aposentando.

Mobilização na base do SINDIFES

Nas próximas semanas, a direção do SINDIFES irá agendar uma rodada de Assembleias para discutir e avaliar a conjuntura atual e iniciar a mobilização para o movimento grevista.

É importante que todos participem, pois nossas ações terão reflexo para os próximos dois ou três anos, visto que 2018 é período eleitoral, o que dificultará quaisquer negociações para 2019. E mesmo negociando em 2019, só haverá reajuste em 2020, dependendo, ainda, da vontade política do governo que for eleito.

O momento é de Unidade, Resistência e Luta. Fique atento ao calendário das assembleia e mobilize seu setor e unidade!

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