Cortes orçamentários comprometem universidades federais13/09/2017
Instituições federais se destacam em avaliação internacional Carlos Bernardes Rosa Júnior, vice-reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), enfatizou que as instituições federais têm alcançado notas excelentes no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), que analisa a qualidade do ensino fundamental. Ele completou que dados de 2016 mostram o Brasil em quarto lugar na pontuação geral. Na rede federal, o Brasil ficou perto do topo do ranking, com 517 pontos em ciências, 528 em leitura e 488 em matemática, acima da média geral do Pisa (493, 493 e 490, respectivamente) e à frente de países como Canadá, Estados Unidos e Japão. “Quando mostram reportagens do Brasil em ‘milésimo’ lugar no Pisa, vemos que é uma maneira de desprestigiar a educação de qualidade, porque nunca apresentam o resultado dos institutos federais”, criticou o vice-reitor. Ele destacou ainda que o número de institutos federais em Minas saltou de cinco, em 2008, para 18, atualmente. “São mais de cem cursos ofertados a cerca de 15 mil alunos, a maioria de cidades pobres, como Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Ibirité e Betim”, disse. Ele ressaltou que a política atual de cortes orçamentários pode comprometer esse atendimento. Sindicatos se mobilizam contra cortes Como propostas para tentar reverter esse quadro, a sindicalista propõe ampliar o diálogo com a população, fazendo audiências em todos os municípios com universidades federais. A coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino Superior (Sindifes), Cristina del Papa, conclamou todos para o protesto em defesa do serviço público nesta quinta-feira (14). A concentração será às 14 horas, na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte, de onde saem em passeata. O deputado Rogério Correia informou que foi criada uma frente parlamentar mineira em defesa das instituições de ensino. Ele qualificou os cortes orçamentários previstos para 2018 como “o desmanche do Brasil”. No ensino superior, o orçamento de 2015 foi de R$ 13 bilhões e em 2018, deve ser reduzido para R$ 5,9 bilhões, segundo o deputado. Por sua vez, o deputado Doutor Jean Freire defendeu que, diante do desmonte das políticas públicas no País, é necessário somar forças e estudar medidas a serem tomadas. Estudantes - Os representantes de entidades estudantis presentes, como Késsia Cristina de Paula, presidente da União Colegial de Minas Gerais, criticaram o governo federal por cortar recursos para os setores de educação, ciência e tecnologia, justamente em um momento de crise, em que se faz necessária a busca por novas soluções para os problemas econômicos. Também para o movimento estudantil, está em curso no País um plano de governo que visa a privatização e a consequente extinção da gratuidade das instituições de ensino públicas. Fonte: Assembleia Legislativa de Minas Gerais |
|