Incêndio no prédio da UFMG fere uma pessoa04/11/2010
Fogo pode ter começado após a explosão do motor da geladeira do laboratório 261 no prédio de Química Acidente poderia ter sido pior, pois na sala havia três cilindros de nitrogênio O estudante de Química, Raoni Antunes Ferreira Lage, 21 anos, teve 20% do corpo queimado em um incêndio na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O acidente aconteceu por volta das 14 horas de desta quarta-feira (3). O Corpo de Bombeiros suspeita que o fogo começou após a explosão do motor da geladeira do laboratório 261 do prédio de Química. O aluno de pós-doutorado em Química, Gustavo de Almeida Magalhães, 43, estava no laboratório ao lado. Ele disse que, após escutar um estouro, saiu da sala para verificar o que havia acontecido. “Virei e olhei pelo corredor. Vi o ar tremulando, como se tivesse um gás escapando ou uma coluna de fogo”, contou Gustavo. O estudante do 6º período de Química, Walace Doti Do Pim, 21, estava no primeiro andar. Após o estrondo, ele contou que ouviu gritos de socorro e, depois de ver a fumaça, todos começaram a sair do prédio. Assim que o Corpo de Bombeiros chegou ao local, a área ao redor do prédio foi isolada. Os estudantes e profissionais que trabalhavam no edifício tiveram que esperar por cerca de duas horas para poder pegar os pertences. Segundo os bombeiros, o acidente poderia ter sido pior. Dentro da sala havia três cilindros de nitrogênio que, em altas temperaturas, poderiam ter explodido e destruído parte do prédio. Além disso, os bombeiros não encontraram extintores de pó químico suficientes para essa situação. Cerca de 10 extintores desse tipo foram encontrados. O equipamento é usado nessas situações, já que os bombeiros não sabiam que tipo de reagentes tinham sido queimados. Apesar disso, havia muitos extintores de gás carbônico (CO2) no local. O professor de Química Orgânica, Antônio Flávio de Carvalho Alcântara, 51, reclamou da falta de segurança no prédio. Desde a década de 1980, quando o professor ainda era estudante da universidade, esse seria o quarto acidente. “A gente vive num barril de pólvora. Ninguém tem as chaves das caixas de primeiros socorros, ninguém pode abrir e ,se abrir, não tem nada lá dentro”, reclama. Em nota, a UFMG informou que o laboratório está interditado e a Divisão de Segurança Universitária está controlando a entrada de pessoas. A Polícia Federal foi chamada pela divisão para fazer a perícia no local, mas ainda não há previsão de quando será divulgado o laudo. |
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