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Seminário rearticula Coletivo de Formação da CUT/MG

17/08/2010
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Atividade do final de semana reuniu sindicalistas de quatro regiões na Escola Sindical 7 de Outubro

A reativação do Coletivo Estadual de Formação da CUT/MG e a agenda de cursos de formação de novos dirigentes sindicais foram as principais deliberações do Seminário Estadual de Formação, coordenado pela secretária Estadual de Formação da Central, Lourdes Aparecida de Jesus Vasconcelos. A atividade foi realizada nos dias 13 e 14 de agosto na Escola Sindical 7 de Outubro, com a participação de dirigentes sindicais de Belo Horizonte e Região, Zona da Mata, Norte de Minas, Vale do Aço e Sul de Minas.

O Coletivo Estadual de Formação será formado pelos secretários de Formação dos sindicatos, a secretária Estadual de Formação, os secretários de Formação dos ramos e os formadores que concluíram os cursos de Formação. Os dois programados para este ano são: Organização e Representação Sindical de Base (ORTB), com o tema Concepção e Prática CUTista, e Formação de Formadores (FF).Os quatro módulos de ORTB estão agendados, para o Vale do Aço e Zona da Mata, para as seguintes datas:

1º Módulo – 10, 11 e 12 de setembro;
2º Módulo – 15, 16 e 17 de outubro;
3º Módulo – 5, 6 e 7 de novembro;
4º Módulo – 3, 4 e 5 de dezembro.

Apenas o primeiro módulo do curso de Formação de Formadores foi definido: 19, 20 e 21 de novembro, na Escola Sindical 7 de Outubro, em Belo Horizonte. As etapas restantes serão agendas para 2011. As turmas serão limitadas a 20 pessoas. As entidades dos participantes deverão respeitar os seguintes critérios: estar em dia com a CUT/MG; o diretor deve estar em primeiro ou em segundo mandatos e estar apto a freqüentar todos os módulos, pois o curso é seqüencial. Para a Região Sul, vai ser programado um Seminário Regional de Formação, que organizará a agenda de cursos.
A secretária Estadual de Formação da CUT/MG, Lourdes Aparecida de Jesus Vasconcelos, considerou o seminário “bastante produtivo”. “Apesar de esperar o envolvimento de mais sindicatos, conseguimos resolver questões importantes. Agendamos os cursos, garantimos o comprometimento das entidades com a formação. Uma decisão importante foi o critério de o dirigente estar em primeiro ou segundo mandatos para participar dos cursos. Isso vai incentivar a formação de novos dirigentes, o que é fundamental para dar continuidade e fortalecer o movimento sindical”, diz Lourdes Aparecida.

Análise de conjuntura - Na abertura do Seminário Estadual de Formação, o presidente da CUT/MG, Marco Antônio de Jesus, o secretário-geral da Central, Carlos Magno de Freitas, e a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, analisaram a conjuntura. Marco Antônio fez um histórico da CUT e das bandeiras da instituição que contribuiu em 27 anos com inúmeros avanços para a classe trabalhadora.

“A aprovação no Congresso Nacional da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e as eleições são nossos maiores desafios no momento. Não podemos aceitar retrocesso no Governo Federal e precisamos nos posicionar para acabar com a hegemonia do neoliberalismo em Minas Gerais”, disse o presidente da CUT/MG. Ele ressaltou a formação de dirigentes é essencial para fortalecer a disputa da CUT pela hegemonia. “Vencemos a eleição do Sindicato dos Metalúrgicos em Extrema, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Buritizeiro. E vamos disputar várias eleições com a renovação de dirigentes sindicais da base CUTista.” Para Carlos Magno de Jesus, a formação deve ser identificada como uma ferramenta do mundo do trabalho para o avanço da cidadania. “Reforçar a formação vai nos fortalecer para o próximo período, para a disputa com as outras centrais. Vai preparar nossa Central para ter continuidade.” O secretário-geral da CUT/MG reiterou que o processo eleitoral contrapõe dois lados antagônicos, o governo Lula nestes oitos anos e o projeto neoliberal de José Serra. “Mas não podemos esquecer que, apesar dos avanços deste período de gestão democrática e popular, não acabou o Fator Previdenciário. A reforma sindical pouco avançou. Falam em restringir a redução da jornada de 40 horas à livre negociação. Por isso, há muito ainda o que conquistar, por isso precisamos estar sempre mobilizados.”
O secretário-geral da CUT/MG, contudo, reafirmou o compromisso do movimento sindical com o combate ao neoliberalismo em Minas Gerais. “O que vimos nestes oito anos foi um retrocesso nas relações de trabalho, a criminalização dos movimentos sociais e a judicialização do movimento sindical. E o que mais ajudou a desmascarar o Governo Estadual foi a greve dos trabalhadores em educação, comandada pelo Sind-UTE/MG, que durou 47 dias.”

Para Beatriz Cerqueira, a formação é a ferramenta da Central e das entidades da base CUTista para fortalecer o diálogo com a base. “Precisamos nos rearticular e agir como rede. E a CUT deve estar à frente desta rede para seguir no seu processo de transformação da sociedade. Temos que ser sempre os representantes dos trabalhadores, instrumento da classe trabalhadora”, afirmou Beatriz. Ao falar sobre eleições, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG lembrou que o movimento social “virou caso de polícia” na gestão Aécio/Anastasia e o ex-governador só garantiu os índices altos de aprovação com o investimento em publicidade, que aumentou 347%. “Enfrentamos a construção de um mito pós-moderno. E nisso Aécio cumpriu seu papel. Ele é o mais sério representante da elite e vamos enfrentá-lo mais à frente novamente, pois seu projeto de ser presidente da República foi apenas adiado.”
Segundo Beatriz, da dupla Aécio/Anastasia impôs um Estado que fiscaliza e arrecada. “ A arrecadação cresceu 130% em oito anos. Em compensação, os investimentos em projetos sociais foram reduzidos. O investimento em educação, por exemplo, caiu de 27% para 14% do orçamento estadual.” Ela acredita que é o momento de encerrar o ciclo tucano no Estado. “Hélio Costa não representa o projeto que está no comando de Minas Gerais. Nosso comprometimento é que no Estado tem que ter outro projeto.”

Na abertura do segundo dia do Seminário, no sábado, Adriano Soares da Silva (foto), assessor da Secretaria Nacional de Formação da CUT, apresentou o Plano Nacional de Formação da Central. Antônio Carlos Hilário, da Direção Estadual da CUT/MG e diretor da Escola Sindical, fez uma analise da Política nacional de Formação no Estado de Minas. Para Hilário, “a formação é responsabilidade de todos”. “A nossa prática cotidiana é de disputa. Precisamos ter clareza de estratégia. Vamos construir um projeto de Estado que interessa a classe trabalhadora a partir da nossa unidade, mas com a convivência com as diferenças”, afirmou.


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