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Metalúrgicos da Ford têm licença para um dia de formação

19/07/2010
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Nesta terça, a partir das 15h, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Ford do Brasil vão oficializar mais uma etapa de um avanço inédito na história das relações trabalhistas no País. Assinam acordo que garante um dia de licença remunerada por ano para que os trabalhadores e trabalhadoras da empresa participem de um curso de formação político-sindical na sede do Sindicato.

É um passo importante na nossa luta pela consolidação da democracia nos locais de trabalho, bandeira histórica do sindicalismo cutista.

Na cerimônia de assinatura, hoje à tarde, estarão presentes o presidente da Ford, Marcos de Oliveira, o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, e eu, além de lideranças sindicais da base. No dia 28 de junho, a Mercedes-Benz já havia assinado acordo igual.

Esse programa de formação foi conquistado na campanha salarial dos metalúrgicos do Estado de São Paulo no ano passado. A pauta de negociação continha essa cláusula. A conquista se estende aos 13 sindicatos de metalúrgicos da CUT no estado. A Ford e a Mercedes são as primeiras a formalizar o acordo, mas o objetivo é que aproximadamente 200 mil trabalhadores participem dos cursos, que vão acontecer sempre na sede dos sindicatos.

Ninguém vai ser obrigado a participar. Será uma escolha de cada trabalhador ou trabalhadora, que pode abrir mão dessa licença remunerada.

O primeiro módulo do curso vai se concentrar no tema convenção coletiva – como se constroem as pautas, como são encaminhadas e negociadas, e a importância de cada trabalhador nas conquistas e consolidação da representação sindical.

Esse acordo que será anunciado hoje é fruto de uma mudança histórica nas relações de trabalho que está mais que consolidada na base dos metalúrgicos do Grande ABC.

Trata-se da organização sindical por local de trabalho, que na região é chamado de comissão sindical. Essas comissões funcionam como uma espécie de subsede dos sindicatos no interior das empresas, com integrantes eleitos pelos companheiros das fábricas, e têm autonomia e poder político para tratar dos assuntos de interesse cotidiano dos funcionários diretamente com as direções das empresas.

Queremos ver a organização por local de trabalho implementada em todo o Brasil. Isso vai fortalecer os trabalhadores, vai modernizar a economia e ajudar a promover um desenvolvimento que inclua mais e mais
pessoas. Cito um exemplo, só como referência. Onde há organização por local de trabalho, despenca o número de ações na justiça do trabalho, sinal de que trabalhadores e empresas resolvem conflitos e encontram soluções produtivas na hora certa: quando os problemas acontecem.


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