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Só falta a bênção da mãe

21/06/2010
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O ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias está com um pé no altar do pré-candidato do PMDB ao governo mineiro, senador Hélio Costa. O petista espera apenas a bênção da mãe, Maria Teresa, que vai pedir na quarta-feira, em Bocaiúva, Norte de Minas, sua terra natal. Depois de ser ovacionado no encontro estadual do PT que referendou ontem o nome do peemedebista para concorrer ao Palácio da Liberdade, Patrus disse que, em uma escala de zero a 10, suas chances de compor a chapa como candidato a vice-governador estão em nove.

O ex-ministro chegou ao encontro recebido por faixas de apelos para que seja vice na chapa de Hélio Costa. Até o banner do encontro trazia um quinteto afinado na foto: Patrus, Lula, Dilma, Hélio e Pimentel. Visto como o nome capaz de unir a militância petista e a base aliada ao presidente Lula em Minas Gerais – depois que, por imposição do PT nacional, os mineiros abriram mão da cabeça de chapa em favor do PMDB –, Patrus correspondeu aos pedidos e prometeu empenho nas campanhas de Hélio e do ex-prefeito Fernando Pimentel para o Senado, mas disse que ainda não bateria o martelo no encontro. “Nunca tomei nenhuma decisão final importante na minha vida sem ir na minha terra e sem pedir a bênção da minha mãe. Então, vou lá em Bocaiúva pedir a bênção da minha mãe e fazer uma visitinha para o Senhor do Bonfim”, afirmou.

Patrus disse estar cumprindo os prazos e processos para a formação da chapa e que tudo caminha para que ele aceite ser vice. Em uma última conversa com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, o ex-ministro obteve a garantia de que a campanha de Minas Gerais terá uma coordenação integrada e vinculada à campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) no estado, exigência que ele fazia para compor a chapa. “Se o processo continuar como vem se dando, tudo indica que vamos estar juntos. Só não quero formalizar ainda a questão porque faltam algumas pessoas que quero ouvir”, disse. Além da mãe, Patrus vai consultar a mulher, Vera.

Depois de apelos de vários dirigentes e lideranças do PT, acompanhados pela plateia de militantes, coube ao pré-candidato Hélio Costa fazer um último chamamento. “Meu amigo Patrus, Minas Gerais precisa de você. O Brasil precisa de você. Por isso é que vamos estar todos rezando nesses próximos dias para que, inspirado por dona Maria Tereza, você possa tomar a decisão certa e vir compor conosco esta chapa com Patrus, Pimentel e Hélio Costa para que a gente possa levar Dilma Rousseff à Presidência da República e levar o trabalho social que precisamos fazer a cada rincão de Minas Gerais”, afirmou.

Feridas Depois de quase dois anos de brigas internas e entre os partidos, petistas e peemedebistas se juntaram ontem no palanque do pré-candidato ao governo sem qualquer constrangimento. O único sinal das feridas, ainda abertas com a disputa, foi um ensaio de vaia ao presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, logo abafado pelo presidente estadual do partido, deputado Reginaldo Lopes, que puxou o grito do nome do partido. “É perfeitamente natural que no início tivesse essa reação, mas hoje tenho convicção de que a militância do PT estará toda unida em torno de Hélio Costa”, afirmou Dutra.

O ex-prefeito Fernando Pimentel, que disputou prévias com Patrus para encabeçar a chapa da base aliada na disputa ao governo de Minas, recebido aos gritos de senador, disse que a aliança com o PMDB é histórica e tem como desafios eleger Dilma presidente, Hélio Costa governador e lhe garantir a primeira vaga de um petista mineiro no Senado. Pimentel convocou a militância para a campanha por um governo democrático popular. “A bandeira não é dele (Hélio) nem do PMDB. É de todos os militantes de centro-esquerda de não só eleger, mas governar com ele”, afirmou.

Tentando demonstrar de uma vez por todas que as rusgas com Patrus ficaram para trás, Pimentel revelou que os dois tinham um acordo. Dos dois, quem perdesse as prévias para ser candidato ao governo seria o coordenador de campanha do outro. E fez um apelo, ao dizer que o PT ofereceria o melhor nome para vice. “Minha preferência pessoal é que o companheiro Patrus venha conosco”, disse.

Críticas Afinados, Hélio e o provável vice deram o tom do que deve ser a campanha eleitoral. Os dois fizeram críticas à gestão do ex-governador Aécio Neves, continuada por Antonio Augusto Anastasia, que, segundo eles, não foi voltada para o social e tem deficiências na área de educação. O único que evitou críticas ao ex-aliado foi Pimentel – Aécio e Pimentel estiveram juntos na campanha municipal de 2008 para eleger o prefeito Márcio Lacerda (PSB). “Apenas observo”, disse. Patrus disse que é uma falácia dizer que uma boa gestão prescinde de participação popular e a principal diferença entre eles e o PSDB é que pelo conceito dos tucanos não caberia ao estado cuidar dos pobres. “Existe uma distinção clara entre nós e o PSDB e o DEM e vamos mostrar isso ao povo de Minas”, finalizou.


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