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Pressão para Patrus ser o vice

09/06/2010
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Depois de fechado o acordo com o PMDB, petistas pretendem agora convencer o ex-ministro a compor com Hélio Costa. Ele resiste e deve aceitar só se for convidado pelo presidente Lula

Lideranças do PT vão pressionar o ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias para que ele aceite ser o candidato a vice-governador na chapa que será encabeçada pelo senador Hélio Costa (PMDB) na disputa pelo Palácio da Liberdade. A entrada de Patrus na dobradinha com o PMDB é a estratégia para diminuir as resistências dentro do PT e ainda atrair a militância, não muito animada com o acordo tardio firmado com o PMDB. Essa é a primeira vez desde a fundação do PT mineiro, em 1980, que o partido não lançará candidato ao Palácio da Liberdade.

Reunidos na manhã de ontem em Belo Horizonte, líderes do partido traçaram planos e pretendem formalizar nos próximos dias um convite oficial para que o ex-ministro integre a chapa. Anteontem, assim que o acordo com Hélio Costa foi fechado, o PMDB ofereceu a Patrus espaço na chapa. No entanto, o ex-ministro resiste ao convite e já confidenciou a aliados que só aceita ser vice de Hélio Costa se o convite partir do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A entrada de Patrus na chapa enfrenta também resistência de familiares e de lideranças de petistas ligados ao ex-ministro.

A avaliação é de que a relação com o grupo do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ficou muito desgastada depois de toda a confusão criada dentro do PT para escolher o pré-candidato que disputou com Hélio Costa a indicação para encabeçar a chapa. Patrus disputou as prévias para candidato ao governo do estado com Pimentel, que acabou vencedor apesar de não ter conseguido viabilizar seu nome. O ex-prefeito será candidato ao Senado.

Proporcionais O grupo do PT ligado ao ex-ministro defende que ele dispute uma vaga na Câmara, em Brasília, para tentar repetir o feito de 2002, quando foi eleito o deputado federal mais bem votado da história de Minas Gerais, com 520 mil votos. Com essa votação, o ex-ministro garantiu na época pelo menos duas cadeiras a mais para a bancada do PT mineiro na Câmara.

Na disputa deste ano, o PT não deve se coligar com nenhum partido para as eleições proporcionais (deputado estadual e federal). Também aposta na isenção do presidente Lula na escolha do candidato a vice da chapa mineira, já que o PT mineiro acabou tendo de ceder às pressões da direção nacional e dar lugar ao PMDB na cabeça de chapa. Caso o ex-ministro não aceite, o cargo pode ser ocupado pelo deputado federal Virgílio Guimarães (PT), que já anunciou que não pretende disputar mais um mandato nesta eleição. Procurado pela reportagem, Patrus não respondeu aos pedidos de entrevista deixados com sua assessoria de imprensa.

Para o deputado federal Odair Cunha (PT) ainda é cedo para tratar da escolha do vice. Segundo ele, na reunião de ontem de manhã, o principal assunto foi uma aliança programática com o PMDB. “O Patrus é uma liderança muito importante e seria um excelente candidato a vice-governador, mas ainda não discutimos este assunto. Temos ainda até a data do encontro estadual do partido para fazer essa escolha”, afirmou. Para o deputado estadual André Quintão (PT) mais importante do que escolher o vice é debater um programa comum com o PMDB, condição essencial para “motivar a militância”.

Aval do candidato

Para o PMDB a “chapa dos sonhos” para compor com o senador Hélio Costa, pré-candidato da base aliada lulista, é o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, que comandou uma das pastas mais populares do governo federal. Segundo Hélio Costa, a indicação do vice será feita pelo PT, conforme acordado na reunião de anteontem, entre os partidos aliados, e o PMDB não vai interferir nessa escola. “Agora eu, como candidato, acho que a chapa dos sonhos do PMDB e do PT seria com Patrus Ananias como candidato a vice-governador. Até porque ele comporia uma aliança que precisa e defende muito um bom programa social para Minas Gerais e ninguém melhor que Patrus para representar essa nossa preocupação”, defendeu o senador.
 


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