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Popularidade de Lula impulsiona candidatura de Dilma Rousseff

09/06/2010
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Cruzamento da avaliação de Lula com intenção de voto mostra como Lula transformou Dilma de uma desconhecida ministra numa conhecida candidata ao Planalto. Percentual dos que acham sua gestão ótima ou boa é de 75%, e nada menos do que 86% aprovam sua maneira de governar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sustenta os índices de aprovação do governo em alta. Sua nota média chegou a 7,8 na pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, o porcentual dos eleitores que acham sua gestão ótima ou boa é de 75%, e nada menos do que 86% aprovam sua maneira de governar. Mas como isso influencia a eleição presidencial?

O cruzamento da avaliação de Lula com a intenção de voto mostra como a popularidade do presidente transformou Dilma Rousseff (PT) de uma tecnocrata desconhecida em favorita da maior parte dos eleitores.
Lula navegou sem solavancos a maré alta de sua aprovação ao longo do primeiro semestre. Seu índice de aprovação (ótimo + bom) foi praticamente idêntico nas pesquisas Ibope de fevereiro, março, abril e na atual, feita entre 29 de maio e 3 de junho. O que variou foi a apropriação que Dilma fez dessa popularidade.

De carona nas aparições públicas de Lula, Dilma acelerou seu passo na corrida presidencial em fevereiro. Chegou a 28% das intenções de voto, mas ainda estava longe de José Serra (PSDB). Nessa época, ela empatou com o rival nos três quartos de eleitores que aprovavam o governo. E, como hoje, perdia na proporção de 5 votos a 1 no quarto do eleitorado mais insatisfeito com Lula.

Em março, a petista abriu pequena vantagem, de 7 pontos, sobre Serra entre quem avalia o governo como ótimo ou bom. Isso lhe permitiu chegar perto de um empate técnico com o tucano no total do eleitorado. Mas a alta não durou. Em abril, Serra recuperou votos no segmento pró-Lula e aumentou de 5 para 8 pontos sua vantagem na disputa.

Agora, Dilma ganhou 12 pontos sobre Serra nos 75% que aprovam o governo. O tucano ainda compensa essa diferença entre os que acham a gestão de Lula regular, ruim ou péssima. A questão, portanto, é se Dilma continuará ganhando votos entre os eleitores que aprovam o governo à medida que aumenta sua identificação com Lula.

Há uma diferença grande na intensidade de aprovação de Lula entre os eleitores de Dilma e os de Serra. Nada menos do que 60% dos que dizem que o governo é "ótimo" declaram intenção de votar em Dilma (24% preferem Serra). O segmento do "ótimo" representa 27% do eleitorado total.


Já no maior grupo, o dos que acham o governo "bom", a disputa está empatada: Serra tem 37% desses eleitores, contra 36% de Dilma. A turma do "bom" é 48% do eleitorado. É por eles que o tucano e a petista vão brigar.

Essas diferenças de intensidade ficam mais evidentes quando traduzidas em notas. Para o total do eleitorado, o governo Lula é nota 7,8. Para os eleitores de Dilma, o governo merece um ponto a mais, em média: 8,8. Nada menos do que 40% dos eleitores de Dilma dão nota 10 ao governo.

Já os eleitores de Serra e Marina Silva (PV) são menos benevolentes com Lula. Na média, avaliam seu governo com notas 7,2 e 7,3, respectivamente.

O tucano absorve, por exemplo, dois terços dos eleitores que dão nota zero ao governo petista. Mas, na média, são os que pretendem anular ou votar em branco que dão a nota mais baixa a Lula: 6,8.

Já os indecisos dão nota média 7,8 ao governo. Esse é um indicador de que, na hora de votar, eles tenderão a se distribuir entre os candidatos na mesma proporção da sua intenção de voto.
 


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