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Haddad explica política de educação brasileira à argentinos

09/06/2010
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Buenos Aires – O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na tarde desta terça-feira, 8, no Senado da República Argentina, em Buenos Aires, que o pior crime que se pode cometer em termos de educação é vender ilusões para a população. “Não existe mágica. É preciso investir em todos os níveis, da educação infantil à pós-graduação, das avaliações à formação dos professores”, afirmou. “E os resultados não aparecem de uma hora para outra. Por isso nosso objetivo está previsto para 2022. Só lá, esperamos atingir a mesma média dos países da OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico]”.

Haddad foi convidado pelo Centro de Estúdios de Políticas Públicas (CEPP), entidade que organizou a agenda para o Senado argentino, que começa agora a discutir a realidade educacional daquele pais. Tendo ao lado o vice-presidente da República, César Cobos, também presidente do Senado, Haddad apresentou aos parlamentares o dilema clássico da evolução educativa no mundo: mais recursos ou mais gestão?

“O presidente Lula triplicou os investimentos em educação no Brasil. Passamos de R$ 19 bilhões em 2003 para mais de R$ 59 bilhões neste ano. Paralelamente, implementamos um plano executivo de ação, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), com 42 ações, da creche à pós-graduação, e criamos um sistema de avaliação que premia as escolas com autonomia na gestão dos gastos quando se sobressaem, ou pune com a supervisão do ministério quando não atingem os resultados propostos”, apresentou o ministro brasileiro.

Panorama argentino – a Argentina tem hoje de cerca de 10 milhões de alunos na educação básica, e pouco mais de 1 milhão de estudantes no ensino superior. Também conta com um piso salarial para professores, de cerca de U$ 400, frente a U$ 350 do salário mínimo no país – a título de comparação, o piso salarial brasileiro para professores é de cerca de U$ 600, e o salário mínimo está perto de U$ 300. O investimento argentino em relação ao PIB de lá é de 6%.

Depois da agenda no Senado, Fernando Haddad segue para o Ministério da Educação da Argentina, onde participa do encerramento do seminário internacional A educação no contexto da integração latinoamericana e o papel do ensino médio. Nesta quarta, 9, recebe a presidência temporária do Mercosul Educacional e participa do 1º Encontro de Ministros de Temas Sociais da região.
 


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