31 de março: Recordar para nunca esquecer!01/04/2014
O SINDIFES participou na tarde desta segunda-feira, dia 31 de março, de um importante momento do resgaste da memória do povo brasileiro. Numa emocionante cerimônia na UFMG, no Memorial da Liberdade, militantes da luta contra a ditadura, parentes dos mortos pelo regime militar, estudantes, professores, funcionários e o reitor e vice-reitora da UFMG lembraram das pessoas da instituição que morreram, foram exiladas, presas, torturadas e perderam seus direitos civis nos anos de chumbo. Representando o SINDIFES, nosso companheiro Irany Campos falou em nome dos técnico-administrativos. Lembrou a sua trajetória nas prisões, a tortura e o exílio, e todo o sofrimento decorrente da perda da liberdade, qualquer que fosse ela: de ir e vir, de falar, de trabalhar, de expressar, de escrever, de pensar... A professora Antônia Vitória Soares Aranha, irmã do militante Idalísio Soares Aranha Filho e cunhada de Valquíria Afonso Costa, alunos da UFMG mortos na Guerrilha do Araguaia, lembrou que eles eram somente dois jovens comuns, que tinham sonhos e que lutavam pelas coisas do seu tempo, aquilo em que acreditavam. Nós, do SINDIFES, informamos aos presentes que Irany Campos foi o único trabalhador da UFMG que não foi anistiado pela Universidade, pois todos os docentes que estiveram envolvidos na luta contra o regime militar tiveram reconhecido o seu direito de reintegrar os quadros da instituição. A exceção foi justamente o nosso colega TAE, que foi reintegrado por conta da lei da Anistia, ampla, geral e irrestrita, mas não por um ato administrativo da universidade. Segundo o reitor, professor Jaime Ramirez, esta será uma reparação justa que a UFMG deve ao Irany Campos, e ele tomará todas as providências para que isto aconteça! Justa homenagem, grande momento de lembrança daqueles que lutaram por nós! Mortos, presos, torturados e exilados pela ditadura: PRESENTES!!!"
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