Tática opõe Hélio Costa a Fernando Pimentel18/05/2010
Candidato do PMDB ao Governo ataca gestão tucana, e ex-prefeito de BH sugere aliviar críticas antes do programa eleitoral O senador Hélio Costa e Antônio Andrade participam de videoaula para 500 cidades mineiras Pré-candidato do PMDB a governador de Minas, o senador Hélio Costa voltou a atacar, na noite de segunda-feira (18), a gestão tucana no Estado. Em aula transmitida via satélite para aproximadamente 500 cidades mineiras, o peemedebista criticou a alta carga tributária e os baixos salários do funcionalismo público. As críticas destoaram dos conselhos recebidos, mais cedo, do seu rival na base aliada de Lula. Durante café da manhã, o ex-prefeito de BH Fernando Pimentel havia aconselhado o senador a não criticar o governo Aécio Neves antes do início do horário eleitoral gratuito na TV. Costa, porém, atirou em várias direções. "O Estado era o terceiro na preferência do turismo nacional e hoje está em sexto lugar. Falta incentivo ao turismo, especialmente no Sul", disparou. A videoaula, gravada em Belo Horizonte, durou duas hora s e contou com as participações de lideranças do partido, como o presidente da legenda em Minas, deputado federal Antônio Andrade. Costa prometeu rever a política social do Governo mineiro. Ele disse que contará com a importante participação, na elaboração do programa de governo, do ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias, derrotado por Pimentel em prévia para escolha do nome petista para disputar o Palácio Tiradentes. "Sou amigo pessoal do Patrus Ananias, ele é uma pessoa do bem e ficaria muito honrado com sua participação na chapa, em qualquer nível." Hélio Costa ressaltou ser preciso inverter a consciência do êxodo rural para as grandes cidades. E criticou as restrições do decreto presidencial que confunde o cerrado do Norte de Minas com a Mata Atlântica, que a seu ver penaliza os agricultores. Com base no decreto, o Governo mineiro vem impedindo a recuperação de pastagens. Hélio Costa ainda citou a necessidade de se garantir que o gasoduto, em construção no Estado, passe pelo Vale do Aço e chegue ao Vale do Rio Doce. "Nosso projeto vê as carências regionais." A situação da alta carga tributária foi outro ponto abordado por Costa. Ao ser questionado sobre o assunto por Laercio Martins, de Poços de Caldas, o senador afirmou que Minas perde empresas para estados vizinhos, como Rio de Janeiro e Goiás, por falta de incentivos fiscais. "É preciso uma política tributária que não paralise o empresário mineiro. A carga tributária precisa ser revista, e isso deve fazer parte do nosso programa de governo", defendeu, emendando discursos a favor de uma melhor distribuição de royalties provenientes da exploração de minério em Minas. Sobre a Zona da Mata, lamentou a falta de aproveitamento de aeroporto regional. Pimentel está preocupado com o fato de Hélio Costa ter tomado a frente da pré-campanha. Por sua vez, o senador não gostou do "bolo" de Pimentel no primeiro evento da coligação PT/PMDB, realizado no último sábado, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. "Não pude comparecer ao evento em função de compromissos da coordenação da campanha da ministra Dilma. Mas os nossos representantes estiveram lá. E as coisas aconteceram dentro daquilo que queremos." Sobre as críticas de Costa ao Governo mineiro, Pimentel disse: "É uma visão que o ministro tem todo o direito de externar. Mas acho que essas questões devem ser pontuadas ao longo da campanha." |
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