Porque participar do 2º turno06/11/2013
Avaliação das Eleições na UFMG Na consulta à comunidade da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para a escolha do novo reitor, que administrará a instituição na gestão 2014/2018, uma novidade balançou as estruturas arcaicas da universidade. O Movimento “Uma Outra UFMG é Possível”, uma articulação entre os três segmentos - técnico-administrativos, docentes e discentes - que iniciado há cerca de dois meses, de forma tímida, com alguns poucos participantes, cresceu e se avolumou até alcançar um importante patamar ao final da consulta, constituindo-se, no atual momento, como o 'fiel da balança' na correlação de forças que indicará o novo dirigente máximo da UFMG. O Movimento “Uma Outra UFMG é Possível” emerge como um sopro de mudança e renovação, uma nova força política capaz de se articular rapidamente e conseguir mudar o tom do discurso das demais candidaturas, construídas há anos, e que reafirmavam o status quo de uma instituição alicerçada em castas, excludente e impermeável, em que todas as decisões se dão nos gabinetes de portas fechadas, ignorando até mesmo elementares princípios democráticos. O grande desafio do Movimento “Uma Outra UFMG é Possível” foi conseguir conquistar a confiança da comunidade, descrente nas possibilidades de mudanças e resignada perante aquilo que parecia líquido e certo: a vitória imediata e esmagadora do continuísmo e da antidemocracia, praticada há muito na UFMG. Com uma proposta de programa baseada no tripé “PARTICIPAÇÃO, SOCIEDADE E TRANSFORMAÇÃO”, a Chapa 1, resultante de um processo de construção coletiva da candidatura que apresentou à comunidade da UFMG os nomes dos professores Wander Emediato e Rosilene Horta, realizou uma campanha impecável, sem medo de assumir compromissos e debater temas polêmicos, pautando também o discurso das demais chapas concorrente no processo. A Chapa 1 - Wander e Rosilene -, e o Movimento “Uma Outra UFMG é Possível” conseguiu reunir uma comunidade partida e, com isto, obter quase 5 mil votos na consulta, que se tivesse ocorrido num processo de votação universal ou paritário, daria à mesma uma estrondosa vitória. Mas as regras do jogo, embora questionáveis e excludentes, eram conhecidas e foram aceitas de forma tácita, quando o grupo aceitou participar do processo e o legitimou. Portanto, ao término desta primeira fase da consulta, haverá um segundo turno, em que o dilema do movimento é como usar todo o capital político alcançado. Em reunião plenária do grupo, realizada no dia 04 de novembro, deliberou-se por aceitar que as pessoas que participaram e se empenharam na campanha da Chapa 1 tivessem liberdade para apoiar - ou não - qualquer uma das chapas que foram para o segundo turno. Já nós, trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação, consideramos que não devemos abrir mão da possibilidade de intervir de forma concreta na realidade dos trabalhadores na UFMG e, por isto, em assembleia geral da categoria realizada no dia 05 de novembro, deliberou-se por consenso ouvir e dialogar com as duas chapas e apresentar aos candidatos nossas propostas e demandas, conforme explicitadas na carta programa da chapa 1. Após estas conversas, as posições expressadas pelos mesmos serão avaliadas em nova assembleia geral dos TAES, já marcada para o dia 7 de novembro. Neste dia, será definido o apoio a uma das chapas. Com toda certeza o nosso apoio será decisivo na definição da chapa vencedora à reitoria. Na nossa opinião, não participar, de forma crítica, do segundo turno das eleições seria abrir mão de buscar inserir na pauta da nova gestão da UFMG as nossas demandas e reivindicações. Teria sido em vão todo o nosso esforço e a marca da nossa organização. Boicote não deve ser considerado como alternativa de participação, pois quando começamos o movimento "Outra UFMG é Possível" superamos essa questão e fizemos a opção acertada de participar do pleito, claramente evidenciada diante dos quase 5 mil votos na Chapa 1. Sobre a participação dos três segmentos na votação da Chapa 1, é necessário pontuar, como forma de esclarecer a importância da nossa participação no processo: No segmento dos TAEs a Chapa 1 foi amplamente vencedora com percentual superior a 80 % dos votos dos TAEs em todas as unidades, o que totalizou quase 14% dos 15% que tínhamos direito neste sistema desproporcional. Congresso Universitário da UFMG; A universidade que queremos dialoga com os movimentos sociais, defende sua autonomia e a democracia. A Chapa que tiver o entendimento da importância de tais pautas terá o nosso apoio. E, com certeza, ocupará a reitoria da UFMG! Entendemos que a importância dos TAE´s para esse processo continuará se permanecermos juntos. Neste sentido, orientamos que a categoria participe da assembléia que decidirá o rumo de nossa categoria para a intervenção neste 2º turno. JUNTOS SOMOS FORTES!
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