Assembleia delibera continuidade da greve e ato na Veterinária

03/10/2013

Em Assembleia na manhã desta quinta-feira, dia 3 de outubro, no Auditório Sônia Viegas da FAFICH-UFMG, a Categoria dos Técnico-Administrativos em Educação avaliaram a Greve e deliberaram a continuidade do movimento e dos atos de intensificação da mobilização. A assembleia ainda contou com a presença do advogado da Assessoria Jurídica do SINDIFES, Marcelo Aroeira e mais de duzentos TAE´s. A próxima atividade de greve será um Ato, nesta sexta-feira, às 9h30, na entrada da Escola de Veterinária.

Assessória Jurídica explica o processo judicial contra o ponto

O Sindicato já possui uma ação judicial contra o ponto eletrônico, que inclusive suspendeu por um período a utilização deste sistema no Hospital das Clínicas. De acordo com Marcelo Aroeira uma nova ação só pode ser ajuizada em caso de corte de ponto. Ele explicou que nos períodos de greve os trabalhadores não são obrigados a registrarem a jornada de trabalho, por estarem paralisados. Porém, como esta greve tem sido diferente e de ocupação a orientação do Sindicato em assinar a folha de ponto é uma opção política – reforça o caráter de ocupação da universidade.

Como nesta greve as pessoas estão trabalhando, fica evidente que há produção e não há um abandono de emprego, não cabendo corte de ponto. “É uma greve por melhores condições de trabalho, legítima e pode ser conduzida politicamente pela Categoria”, explicou. Marcelo ainda esclareceu que a greve é um direito dos servidores públicos e a universidade não pode interferir na condução deste.

Questionado sobre a possibilidade de uma ação para desligar os pontos eletrônicos até que todas as Categorias (obrigadas pelo Decreto 1.590/96) estivessem aptas a utilizá-lo, Marcelo respondeu que uma ação como esta faria com que o Juiz obrigasse as demais Categorias a utilizarem avançando no cumprimento do decreto, e não recuando impedindo o funcionamento.

Cristina del Papa informou que cerca de 1300 TAE`s, de um total de 2600, não estão batendo ponto; o que tem preocupado diretores e reitoria. Para ela, não há capacidade técnica de cortar salários desta quantidade de técnico-administrativos. “Temos que avançar na mobilização e na capacidade de reação. Precisamos fortalecer o movimento e trazer mais pessoas para a greve e não ficarmos preocupados com corte de ponto. O momento é de crescermos”, disse a coordenadora do SINDIFES.

Também foi esclarecido que os relógios de ponto não estão ligados ao SIAPE. Que, conforme regimento do ponto eletrônico da UFMG, o instrumento é interno e somente os diretores podem cortar ou abonar o ponto. “A maquina é um ser inanimado que apenas registra os horários, quem corta o ponto são os diretores que assinam as folhas”, afirmou ele.

Folhas de ponto

A orientação para os servidores que estão trabalhando e utilizando a folha de ponto, como forma de participarem do movimento de resistência, é que protocolem a entrega destas folhas, independentemente do diretor dizer que vai ou não aceita-las.

Fique atento ao calendário de atividades no site do Sindicato.