Assembleia mantém Greve e indica reforço das mobilizações05/04/2013
Reivindicando o cumprimento integral do Acordo de Greve assinado em 2012, mais de 300 Técnico-Administrativos em Educação da UFMG participaram da Assembleia de Greve nesta sexta-feira, dia 5 de abril, no auditório da Reitoria. A mesa foi composta pela coordenadora-geral, Cristina del Papa; pelo coordenador de comunicação sindical, Wellington Marçal; pela técnica-administrativa, Luiza Lage; pela presidenta da CUT-Minas, Beatriz da Silva Cerqueira; e pelo advogado do Sindicato, Marcelo Aroeira. CUT declara apoio à Greve “Trago a solidariedade da Central. Vamos estar juntos nas ações e contribuindo para o fortalecimento do movimento. A CUT se dispõe a intermediar e denunciar aos órgãos nacionais e internacionais o descumprimento do acordo de greve” discursou Beatriz. Segundo ela, a CUT-Minas pode pedir a intervenção da Delegacia Regional do Trabalho, o que irá, no mínimo, constranger a direção da universidade. Ela avalia que quem está em espaço público tem a obrigação de dialogar e cumprir com o acordado. Informes Desde segunda-feira, 1º de abril, o Sindicato está solicitando agenda com o reitor, e até então a solicitação não foi atendida. Foi informado que o reitor convocou o Fórum dos Diretores (instância informal) para possivelmente rever o fato de excluir os servidores docentes da Educação Básica, Técnica e Tecnológica (EBTT) do sistema de ponto. A suposição é que estes sejam enquadrados conforme obriga a lei. Atualização: Na tarde desta sexta, dia 5, começou a circular a informação de que os professores da EBTT serão enquadrados no sistema de ponto, o que gerou conflito entre servidores docentes e técnicos no Coltec. Em relação ao cadastramento a adesão está em 50, 9 % (1.366 pessoas). Em uma avaliação rápida, a média do cadastramento foi de 2% ao dia. O cadastramento foi reaberto por quatro vezes e agora será realizado por tempo indeterminado. “Esta assembleia não irá discutir ou indicar o cadastramento, já nos foi informado que isto poderá ser feito a qualquer momento pelos servidores. Vamos avaliar nossa conjuntura. Estamos há um ano e quadro meses resistindo e é importante que continuemos firmes na luta”, explica a coordenadora geral, Cristina del Papa. Boletim da UFMG sobre o ponto é precário “Em uma leitura de cinco minutos eu já vejo vários problemas. É um documento precário. E a Universidade teve seis meses para produzi-lo” avaliou o advogado Marcelo Aroeira. Um dos claros problemas apresentados pelo boletim é a solução dada as horas extras. Para ele, a mudança do nome de ‘banco de horas’ para ‘horas registradas para compensação futura’ não tira a ilegalidade do ato. Corte de ponto e punições Marcelo também explicou que o servidor que cumpre sua jornada de trabalho e suas tarefas não pode ser punido com o corte do ponto, independente dele ter ou não registrado o ponto – o não registro poderia acontecer inclusive por problema da máquina de ponto. De acordo com ele, o servidor que cumpriu com suas funções e não é remunerado se enquadraria no trabalho escravo, algo absurdo para a administração pública. Outro fato é a obrigatoriedade de se abrir um processo administrativo para averiguar a situação, dando direito de ampla defesa ao servidor. A Greve continua Após alguns questionamentos jurídicos e proposta foi acordado que a orientação é que a Categoria mantenha a Greve, reforce as mobilizações na próxima semana, e continue solicitando a agenda com a reitoria. A próxima Assembleia de Greve está marcada pra a segunda-feira, dia 8 de abril, às 9h30, na Escadaria da Reitoria da UFMG (em caso de chuva no saguão). E na terça-feira, dia 9 de abril, às 12h30, haverá reunião no Hospital das Clínicas da UFMG para decidir pela adesão ou não ao movimento grevista.
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