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A trajetória de nossa história sobre o 1° de maio é de muita dor

03/05/2010
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Em 1886, iniciou-se a Chicago (EUA) as primeiras organizações operárias que passaram a reivindicar o fim do trabalho infantil e a redução da jornada de trabalho. A luta pela más condições de trabalho, baixos salários e a exploração do trabalho infantil, e a redução da jornada de trabalho combinavam-se com a repressão da polícia como método para conter os protestos e as greves. A jornada de trabalho chegava a mais de 12 horas de trabalho por dia. As crianças, filhos dos operários, eram encaminhadas para o trabalho, ainda entre 7 e 9 anos de idade. Os patrões, irredutíveis, só aceitavam discutir a reivindicação se os trabalhadores aceitassem uma redução de 50% em seus salários.

Nesta mesma data, nos Estados Unidos, uma greve geral é deflagrada em todo o país no dia 1° de maio, atingindo diversas cidades dos EUA. Os 350 mil operários das fábricas de Chicago cruzaram os braços. As manifestações aconteceram normalmente. Porém no dia seguinte a polícia entra em choque com os grevistas. Tal intervenção policial levou a morte de vários operários que estavam em greve durante os conflitos.

Em resposta, é realizado no dia 4 de maio, um grande ato público contra a repressão policial. A Praça do Mercado de Feno, centro de Chicago, é o local da manifestação. Às 16h, quando o último orador iniciava seu discurso, o chefe de polícia exigiu que ele descesse do palanque. Enquanto discutiam, uma bomba explode no meio da multidão. Caos total com mais 80 perdas de operários devido o falecimento de um policial neste conflito, a policia abre fogo.
A polícia de Chicago inicia então a caça aos líderes da greve. Esta perseguição resulta na condenação de Cinco à morte, três à prisão perpétua e quatro a forca.

Dois anos mais tarde, em 14 de julho de 1889, o Congresso Internacional dos Partidos Socialistas, reunido em Paris, França, funda a Segunda Internacional Socialista e decide proclamar o 1° de Maio como uma data de luta dos trabalhadores em todo o mundo. A partir daquele ano, em todo 1° de maio passaram a se realizar manifestações e reuniões em todas as partes do mundo, mas até hoje os EUA não reconhecem essa data.

Devemos lutar contra o PLP 549, pelo direito de greve, em defesa dos aposentados e pela redução da jornada de trabalho

O 1º de Maio é um momento de afirmar que nenhuma nova conquista será possível se não formos capazes de preservar velhas conquistas e reafirmar as bandeiras de lutas imediatas e histórias da classe trabalhadora. O 1º de maio é dia de luta! Antes de comemorações, a data é mais uma etapa na construção de um novo modelo de organização social, sem discriminação entre homens e mulheres, nem por raça, cor, orientação política e sexual . Ou seja, onde justiça, igualdade, solidariedade sejam tratados como valores preservados na luta diária da classe trabalhadora contra a exclusão social.

Nesse 1º de maio, vamos juntar os trabalhadores ativos e aposentados, e divulgar os ataques que sofremos, apontando as lutas que se farão presentes ao longo de 2010.

Entre os diversos pontos que levaremos aos atos por todo o país, faremos a defesa do funcionalismo e do serviço público, combatendo o PLP 549 que trará um congelamento de uma década aos trabalhadores, a denúncia da estratégia do Governo de aprovar uma lei anti-greve para o funcionalismo, como forma de calar a revolta de nossa categoria, a defesa da paridade entre ativos e aposentados no serviço público e a defesa do reajuste dos aposentados igual ao do salário mínimo: 9,68% retroativos a janeiro de 2010, além do fim do Fator Previdenciário, como forma de estruturar uma previdência pública socialmente referenciada, ao contrário do que temos hoje, onde os interesses dos banqueiros prevalecem nos “ajustes”.

Faremos também a defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salários e de direitos, aumento de salário e contra a ocupação militar no Haiti.

O 1º de Maio é dia de luta e renovação de nossas forças, para seguirmos firmes na luta por uma sociedade justa, igualitária, uma sociedade socialista.

Viva o 1º de maio

Viva a luta dos trabalhadores


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