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Fasubra acusa UFSM de ter custeado evento da Atens

10/12/2012
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A assembleia de fundação do sindicato nacional dos Técnicos de Nível Superior (Atens), ocorrida na última segunda, 3, no Park Hotel Morotin, foi polêmica não apenas pela presença de policiais militares e seguranças privados, que impediram que o carro de som contratado pela Assufsm permanecesse junto ao local e ainda teriam cerceado a livre manifestação. Ainda no mesmo dia, novos desdobramentos do caso. A dirigente nacional da Fasubra, Janine Vieira Teixeira, compareceu ao Ministério Público Federal em Santa Maria (MPF), onde registrou uma solicitação para que seja investigada a conduta de membros da reitoria da UFSM.

Conforme o registro feito junto ao MPF (veja a foto do documento, ilustrando esta matéria), a representação da Federação dos Servidores das Universidades Brasileiras ressalta que “ficaram sabendo que a Atens recebeu da UFSM, verba para pagamento de jantares, almoços, transporte e hospedagens”. Segundo a dirigente sindical, esse fato poderia a vir a se caracterizar como “desvio de recursos públicos”. O elemento que fundamenta a denúncia feita pela Fasubra seria uma suposta troca de mensagens eletrônicas entre a Atens e o atual pró-reitor adjunto de Recursos Humanos, José Adroaldo Parcianello, além do ex-pró-reitor, Moacir Righi.

Em contato realizado pela Sedufsm, José Parcianello disse que a acusação feita pela Fasubra é totalmente infundada. Sem querer entrar em muitos detalhes, o pró-reitor adjunto se limitou a dizer que, em relação ao conteúdo protocolado junto ao MPF, seu advogado está tomando as devidas providências.

O coordenador geral da Assufsm, Wanderley Vasconcelos, reafirma que houve interferência da reitoria na questão da assembleia da Atens. Segundo ele, existem cópias das correspondências eletrônicas trocadas. Conforme Vasconcelos, o apoio da Administração à criação do novo sindicato, que pode gerar uma divisão na base da Fasubra, também teria ocorrido em outras instituições, entre elas, a UFRGS.

Em nota, a Fasubra acusa José Parcianello, que, aliás, não nega seu engajamento pela fundação do novo sindicato, tendo inclusive em seu currículo lattes disponível na internet a participação do Congresso desta associação, em 2011, de estar no dia da assembleia na linha de frente para fazer a triagem de quem podia ou não entrar no recinto. Conforme a Federação, o pró-reitor adjunto, que estaria acompanhado de seguranças com coletes à prova de bala, exigia até contracheques para permitir que os interessados pudessem adentrar ao local.

Reitor precisa se pronunciar

Para o presidente da Sedufsm e 3º secretário do ANDES-SN, Rondon de Castro, é preciso que as denúncias da Fasubra junto ao MPF sejam esclarecidas, pois os indícios de envolvimento de integrantes da reitoria são fortes. “Neste momento seria bom que o reitor, professor Felipe Müller, viesse a público para dizer se a reitoria da UFSM está engajada ou não na criação de outro sindicato e que tipo de meios a Administração usou (ou não) para conceder esse apoio”, finaliza Rondon.


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