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Capacitar para comunicar

22/11/2012
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Curso prepara servidores para comunicação com deficientes auditivos.

Comunicar não é só um ato de socialização, é uma necessidade humana. Nas palavras do poeta Mário Quintana, "não há nada que substitua o sabor da comunicação direta". Pensando nisso, desde outubro deste ano, o projeto de extensão Diálogos de Inclusão da Faculdade de Letras da UFMG (FALE) promove o primeiro Curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para Servidores.

Com o objetivo de aproximar as diferenças, trazendo o contato com os surdos para a realidade dos participantes; o curso pretende não só ensinar a Libras aos alunos, mas promover uma reflexão sobre a língua, sua estrutura e seu funcionamento. "Fazer opção pela Língua de Brasileira de Sinais como uma segunda língua é preparar-se para o atendimento e convivência com o cidadão brasileiro surdo, que por várias situações e ocasiões é um 'estrangeiro' em seu próprio país", afirma Lina Soares de Souza, coordenadora do Diálogos de Inclusão e servidora da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC).

Além das aulas práticas e objetivas, os participantes tem a oportunidade de aprender com um especialista em Libras, já que o professor do curso, Anderson Geraldo Rodrigues, é deficiente auditivo. Segundo Rosângela Bernardino, bibliotecária da FALE e aluna do curso, "Ter aula com um professor surdo incentiva bastante o aprendizado".

Com o desafio de ensinar Libras a pessoas que nunca tiveram um contato anterior com a língua, Anderson acredita que, com atenção e disponibilidade, é possível quebrar todas as barreiras de comunicação durante o processo de aprendizagem. "Sei que a dificuldade é grande na comunicação, mas faço questão de me dispor e me esforçar no aprendizado dos alunos", conta o professor.

Além da importância didática ao preparar um grupo de servidores da UFMG para atender as necessidades de comunicação dos deficientes auditivos, o curso também se destaca pelo caráter social, como uma ação de conscientização e humanização. "Tem aberto a minha percepção para a necessidade de olhar e ler o outro (surdo ou não), sendo importante tanto para a socialização, quanto para a solidariedade", completa a aluna Renata Oliveira, secretária executiva na Diretoria da FALE.

Os 17 servidores participantes dessa primeira edição do curso foram selecionados através da análise de um Questionário Administrativo preenchido via internet.

Segundo Lina, ainda não há previsões de novas turmas, mas nos próximos anos a organização espera levar o curso aos servidores das unidades da UFMG localizadas fora do Campus Pampulha.

Mais informações pelo email dialogosdeinclusaoufmg@yahoo.com.br.


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