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Jornada da enfermagem: 30h; concentração reúne caravanas de todo

15/04/2010
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Caravanas de profissionais da enfermagem de todo País se reuniram, nesta quarta-feira (14), na Esplanada dos Ministérios e Congresso Nacional, para exigir a inclusão na ordem do dia da Câmara dos Deputados e aprovação do PL 2.295/00, que regulamenta a jornada de trabalho da categoria.

A grande concentração, convocada pela CNTS, em parceria com a Aben, o Cofen e a FNE, reuniu cerca de quatro mil profissionais e lideranças sindicais e de classe que, numa só voz, cobraram a justa e coerente reivindicação das 30 horas semanais.

Os dirigentes se revezaram nos pronunciamentos em um trio elétrico, com participação de vários deputados. Mesmo sob o sol forte, os trabalhadores acompanharam a manifestação e repetiam palavras de ordem como A hora é agora, 30 horas já! ou Enfermagem na rua, a luta continua!

Justas razões para adoção das 30 horas

A Confederação montou toda a estrutura física e desde as seis horas da manhã seus dirigentes estavam a postos em uma tenda montada em frente ao Congresso Nacional para receber as delegações das federações e sindicatos da base. Muitas delas deixaram seus estados no domingo para participar da manifestação.

Em suas falas, profissionais de todos os estados reforçaram as justas razões para a aprovação do PL 2.295 e posterior sanção da lei pelo Presidente da República, entre elas condições dignas de trabalho e qualidade na assistência. Também apresentaram estudos que desmentem a falácia do setor patronal quanto ao impacto financeiro na área da saúde.

Em nome da CNTS, o diretor José Caetano Rodrigues agradeceu aos presentes e também àqueles que não puderam comparecer ao grande ato público, por terem ficado em seus postos de trabalho.

"Essa energia forte que sentimos aqui é necessária para que as entidades possam se reforçar no trabalho cotidiano no Congresso nacional. Depois de longa e difícil luta para incluir o projeto na pauta, as medidas provisórias, por força regimental, vêm impedindo a votação da proposta, mas temos a esperança de comemorarmos, na semana da Enfermagem, essa conquista justa e merecida", disse.

Desafio

"A luta dos bastidores hoje se materializa nessa grande concentração. Nosso grande desafio agora é fazer com que o projeto entre na ordem do dia para votação", destacou o conselheiro do Cofen, Antônio Marcos Freire.

Ele alertou para a pressão do setor patronal contrária à aprovação da proposta e para o trancamento da pauta até que se votem as medidas provisórias, às quais denunciou como manobra do governo. E convocou os profissionais a encamparem a luta nos estados cobrando apoio dos deputados.

A representante da Aben, Jussara Martins, ressaltou o trabalho das entidades articuladas na busca de concretizar a conquista de uma luta antiga da categoria. "Vamos ampliar a mobilização para expressarmos mais verdadeiramente a força dos profissionais da Enfermagem", convocou.

Por sua vez, a presidente da FNE, Silvia Casagrande, defendeu a jornada de 30 horas como legítima e digna e parabenizou pela expressiva manifestação. "Este é um ato grandioso e que só a enfermagem pode fazer porque é grandiosa na sua atuação no dia a dia, na luta por melhores condições de vida", disse.

Apoio do FST

Representando o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), o assessor Marco Antonio Campanella levou solidariedade ao movimento da enfermagem. "O Fórum, integrado por quinze confederações e quatro centrais sindicais traz o seu apoio a essa luta que não pertence apenas aos trabalhadores da saúde, mas a todo o povo brasileiro, que será beneficiado por mais qualidade dos serviços prestados", afirmou.

À tarde, continuou a mobilização com uma caminhada pelas pistas que circundam a Câmara dos Deputados, nos corredores da Casa, no corpo a corpo junto aos deputados e ocupação da galeria do plenário no sentido de garantir o cumprimento da pauta de prioridades aprovada pelo Colégio de Líderes, para votação em plenário.

Dirigentes e profissionais da Enfermagem ligados às entidades nacionais vão manter as atividades até a votação do projeto para garantir que se mantenha o texto como foi aprovado pelos senadores e mantido por unanimidade nas comissões da Câmara, para que o PL 2.295 não tenha de retornar ao Senado. (Fonte: CNTS)


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