CUT cresce mais do que as outras centrais

31/03/2010

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi a central com o maior percentual de crescimento (1,44%), com relação a 2009, e continua sendo a de maior representatividade do país, com 38,23%, quase 25% acima da segunda colocada, a FS, com 13,71%. É o que mostra dados divulgados nesta segunda-feira (29 de março) pelo Ministério do Trabalho e publicados no Diário Oficial da União.

Para o presidente da CUT/MG, Marco Antônio de Jesus, esse crescimento é devido ao fato de a Central manter os princípios de mobilização e a defesa intransigente da classe trabalhadora. “Atualmente, temos uma inserção maior nos serviço público, entre os bancários, na agricultura familiar, entre comerciários, no transporte, metalúrgicos e outras categorias. Participamos das mesas de negociações, das pautas nacionais como a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem perda de salário, pelas convenções 151 e 158 da OIT. Isso faz com que a CUT atraia mais sindicatos.”

Marco Antônio avalia que, pela grande diferença com relação à segunda colocada, a representatividade da CUT tem que ser respeitada em todas as negociações. “Temos participado, de forma vitoriosa, de várias eleições de sindicatos. E temos outras disputas a ganhar neste ano.”

O secretário-geral da CUT/MG, Carlos Magno de Freitas, lembra que a Central está empenhada, desde a sua criação, na construção do novo sindicalismo. “O cenário de reconhecimento das centrais é um avanço. A observação que se destaca é que as centrais têm lutas e mobilização articuladas, mas não são iguais. Têm diferenças de concepção ideológica e organização. Os dirigentes sindicais fazem a comparação e isso fortalece a marca CUT, fortalece a construção do novo sindicalismo. A CUT representa trabalhadores do campo, da cidade, do setor público, do setor privado. É uma central da classe trabalhadora, não só de um ramo.”