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Resposta CLG à Nota da Reitoria-UFMG

06/07/2012
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Manifestação do Comando de Greve da UFMG em relação à “Nota Reitoria”, do dia 3 de julho
 
O Comando Local de Greve dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFMG vem esclarecer à comunidade universitária sobre a nota da Reitoria desta instituição, divulgada no dia 3 de julho no site da UFMG.
 
Desde o início da greve interna dos TAE’s, deflagrada no dia 21 de maio, em função de uma pauta específica – contra a implementação do ponto eletrônico sem discussão com a nossa categoria, em detrimento de um política efetiva de recursos humanos; e pela discussão da implantação de jornada de turnos ininterruptos de 30 horas – vimos tentando dialogar com a administração da Universidade. Temos interesse em debater, de forma democrática e aberta, alternativas para o impasse que culminou no movimento paredista. Cremos que, nisto, não há qualquer conflito com os interesses da Instituição, visto que buscamos a ampliação e melhoria do atendimento nos vários setores da UFMG, principalmente no turno noturno, que funciona de forma extremamente precarizada.
 
Na nota, a Reitoria informa sobre a criação de uma comissão para dar início às negociações, o que representa o reconhecimento das essencialidades de nossas atividades para o bom funcionamento da UFMG, embora tal medida ainda seja insuficiente para atender às nossas reivindicações, especialmente àquelas voltadas à redemocratização da Universidade. Porém, é inadmissível que a comissão tenha integrantes que, em suas unidades, pressionem os trabalhadores em greve, tentando intimidá-los. Por si só isto representa a parcialidade e as idéias pré-concebidas com relação à nossa pauta e ao movimento, o que comprometeria o diálogo.
 
Em relação ao fechamento de setores considerados, nesse momento, estratégicos, a exemplo do DEMAE e DLO, isto é comum em tempos de greve, uma vez que os trabalhadores do local estão retirando sua força de trabalho para participar do movimento reivindicatório. Além disso, a sua mão de obra tem sido substituída por trabalhadores do quadro que não estão em greve e por terceirizados, que vem realizando várias atividades, mesmo quando elas não são essenciais, dentre elas a compra dos equipamentos referentes à implementação do ponto eletrônico biométrico.
 
Nossas greves sempre se pautaram pelo respeito ao patrimônio público, e em nenhum momento significou ameaças à segurança da comunidade ou a quem transita pelo espaço universitário. Os vigilantes da UFMG, também Técnico-Administrativos em Educação, permanecem 24 horas zelando pela Universidade para resguardar a sua segurança. Neste sentido, foi providenciada uma equipe de averiguação dos setores parados para que não ocorra qualquer risco. Ressaltamos, porém, que o maior patrimônio da UFMG são os seus trabalhadores e estudantes, o que deveria ser a grande preocupação dos administradores.
 
A Universidade não tem sido autorizada pelo governo a abrir concursos públicos o suficiente para repor o quadro de pessoal, gerando uma grande defasagem na instituição. Também há a supressão de parte de nossos salários, através de corte de ganhos judiciais e outros, de um significativo contingente de servidores. Essa perda implica em prejuízo às verbas alimentares necessárias à sobrevivência dos trabalhadores e de seus familiares. Ainda, a greve em curso incorporou um intenso movimento nacional em busca de reposição salarial para a categoria, que se encontra no terceiro ano sem qualquer reajuste nos vencimentos. Em gestões passadas os reitores e conselhos superiores frequentemente se manifestaram, assumindo posições que defendiam as justas reivindicações da Categoria; e é exatamente isto que esperamos da atual gestão.
 
Não queremos o conflito, mas a reitoria da UFMG, ao tomar decisões antidemocráticas e autoritárias, sem sequer considerar a opinião dos principais interessados, estabeleceu um impasse sem precedentes na história desta universidade. Para que possamos obter um desfecho favorável nesse momento crucial e seja mantida a qualidade dos serviços prestados por nossa categoria, bem como para o restabelecimento da normalidade, é preciso que haja boa vontade! E não serão ameaças, intimidações e desrespeito que nos farão recuar na nossa luta! Para a construção de uma democracia verdadeira, é preciso reconhecer que somos diferentes, mas não desiguais, e que nossa voz precisa ser ouvida!
 
 
COMANDO DE GREVE DA UFMG


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