SINDIFES FASUBRA Central Única dos Trabalhadores

FASUBRA defende a categoria na audiência sobre a MP 568

18/06/2012
Impressão amigávelImprimir Gerar PDFPDF


Nesta terça-feira (05), a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-administrativos das Universidades Brasileiras (FASUBRA) participou da audiência publica que discutiu a Medida Provisória (MP) 568/12 que altera a remuneração dos médicos e retira adicionais de insalubridade e periculosidade de servidores. A reunião aconteceu no auditório Nereu Ramos, na Câmara os Deputados em Brasília.

Os trabalhadores lotaram o auditório, inclusive corredores e rampas. Mais de 350 pessoas acompanharam a discussão. A FAUBRA, que havia participado mais cedo da Marcha pela campanha salarial 2012, compareceu com dezenas de trabalhadores técnico-administrativos.

A Federação foi representada no ato e na mesa, por uma das coordenadoras gerais, Janine Teixeira, que teve direito a fala na audiência. “A política para saúde não existe. O governo investe apenas 3.9 na área de saúde, 0,01 em saneamento básico, e para a dívida o percentual é de 47. Enquanto isso, vetou os dez por cento previstos pela união para a saúde, criou todas as formas de privatização, a exemplo da EBESRH da Fundação Estatal e vários modelos de organização social. Temos que acabar com a campanha do Governo contra os médicos, que quer colocá-los como responsáveis pelas filas nos hospitais e pelas mortes corredores”, disse.

Informou também que a Federação vai lutar pela categoria. "A FASUBRA representa todos os médicos e profissionais dos hospitais universitários do país. Nossa categoria está em ebulição com essa MP. Não aceitamos a retirada de insalubridade, redução de salário e nem de reajuste zero. Iremos trabalhar para fazer a maior greve da área de educação do Brasil, incluindo os hospitais universitários, porque não iremos admitir que o trabalhador seja desrespeitado e fique sem a devida valorização. Nesse país tem dinheiro para corrupção, tem dinheiro para banqueiro, tem dinheiro para "cachoeira", então vai ter que ter para o salário do trabalhador", afirmou a representante da FASUBRA, que foi aplaudida de pé por todo auditório.

O governo faltou, mas os parlamentares apoiaram

A organização da audiência esperava a presença da Ministra do Planejamento Míriam Belchior, que não compareceu. Entretanto, 33 parlamentares, entre deputados e senadores, estiveram presentes e apoiaram o pleito dos trabalhadores.

Alice Portugal, deputada pelo PCdoB-BA e ex dirigente da FASUBRA, foi categórica na defesa do servidor e na sua posição contrária a MP. "Essa medida provisória é um verdadeiro absurdo. Nós, servidores públicos, não podemos ser considerados gastos, que em qualquer tempo editam Medidas Provisórias para nos conter. A MP prejudica o servidor, desestimula os jovens a prestarem concurso, cerceia o direito do trabalhador. Não aceitaremos o desrespeito nem a terceirização maquiada para retirar o direito dos servidores", declarou a deputada.

A senadora Ana Amélia (PP/RS), em sua fala, solicitou "que os líderes e deputados do governo presentes à audiência, levassem a presidente Dilma Rouseff, o relatório do sucesso do movimento, que não vai aceitar prejuízos ao trabalhador". O senador Paulo Davim (PV-RN) afirmou, "eu e o meu partido estamos contra essa medida, existe um consenso que o que prejudica o trabalhador tem que ser rejeitado".

Senador Eduardo Braga, relator da MP, salientou seu compromisso em corrigir os equívocos da Medida. "A MP interfere em trinta categorias, não só a dos médicos. E sabemos que ela não é só "bondades". Garantimos aos profissionais que não haverá perdas. E o que tiver que ser feito para que ninguém seja prejudicado, será feito. Inclusive, o que for descontado será reembolsado", comprometeu-se o senador. A direção nacional da FASUBRA informou que continuará de olho nesse processo.


Sistema Jurídico






  

Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino Universidade Federal de Minas Gerais CEFET-MG Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Instituto Federal de Minas Gerais
Desenvolvimento: DataForge | Najla Mouchrek      | 2014 | Sindifes | Todos os direitos reservados