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D.A. Letras da UFMG: Nota de apoio à Greve dos TAE`S

15/06/2012
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Aos Servidores Técnicos-Administrativos.

Aos servidores da UFMG que apóiam a justa greve nacional e a da UFMG pela valorização da educação e do ambiente acadêmico, nós, estudantes do curso de Letras, hoje representados pelo Diretório Acadêmico Carlos Drummond de Andrade – Gestão ao Pé da Letras, declaramos em Assembléia Estudantil o apoio à Greve dos assistentes técnicos-administrativos. Esta que foi deflagrada no dia 21 de maio e aderiu a nacional na data de 11 de junho que em vários aspectos atende os interesses gerais da comunidade acadêmica, na medida em que lutam por uma valorização das universidades, dos profissionais e contra o sucateamento da educação em geral.

Entendemos que muitas pautas estão em sintonia as do movimento estudantil que muitas vezes retumbaram na voz do estudante. Somos simpáticos e coniventes as várias reivindicações da greve dos assistentes técnicos-administrativos tais quais, paridade nos conselhos e foruns universitário, contra o EBSERH, jornada de trabalho 30 horas e contra a perseguição moralizadora da categoria. Não nos deixamos levar pelos jograis retóricos do Magnífico reitor, que desastrosamente usa um instrumento público tais quais,folhetins e jornais da UFMG a fim de desmobilizar e desmoralizar um movimento tornando a discussão rasa. Em assembléia com os devidos esclarecimentos não vimos motivos que desabona a categoria em questão, pelo contrario, vimos mais motivos para apoiar de modo explicito nas reflexões abaixo:

-- A paridade nos conselhos e fóruns universitários garante aos diversos setores da academia (inclusive o estudantil) uma harmonia e coerência nas decisões tomadas para toda comunidade. A falta deste acarretou ao longo do histórico da Universidade Federal de Minas Gerais uma universidade privatista e elitista que por muitas vezes atende interesses pessoais ou de uma classe dominante sobre toda a comunidade. São provas recentes; o aumento arbitrário da FUMP sobre as moradias e refeições, perseguições repressivas aos estudantes dada em formas de portarias que inviabilizam muitos encontros ou os tornam onerosos, implantação unilateral do EBSERH.

-- A EBSERH mesmo que provado por diversas vezes o repudio da comunidade acadêmica vem sendo implantada a mãos de ferro nos HU a nível nacional. “(...)A implantação desta Empresa representa uma séria ameaça para o Sistema Único de Saúde, consolidando o projeto privatista em curso. (...) proposta apresentada intensifica a lógica de precarização do trabalho no serviço público e na saúde, pois, ao permitir contratar funcionários através da CLT por tempo determinado (contrato temporário de emprego),acaba com a estabilidade e implementa a lógica da rotatividade, típica do setor privado(...)”MANIFESTO EM DEFESA DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS COMO INSTITUIÇÕES DE ENSINO PÚBLICA-ESTATAL, VINCULADAS ÀS UNIVERSIDADES, SOB A ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO ESTADO(http://www.contraprivatizacao.com.br/2012/03/manifesto-contra-ebserh-leia-informe-se.html) Manifesto este que o D.A. LETRAS já assina.

-- O projeto de 30 horas semanais é o único projeto apresentado que atende os alunos noturnos uma vez que esses não têm acesso a uma vivencia integral nos mais diversos espaços acadêmicos. Em muitas unidades, inclusive no da letras, os alunos noturnos não tem acesso integral aos serviços de biblioteca, colegiado, serviço gerais, almoxarifado e o setor de compras. 40 horas semanais compreende apenas dois turnos porque o terceiro turno não se justificaria para atender duas horas. No entanto o numero de alunos que deixam de ser atendidos ou serviços que deixam de serem prestados nessas duas horas já se mostraram em revindicações dos alunos noturnos. A dinâmica do aluno trabalhador deixa poucas lacunas para resolver problemas acadêmicos, e como se já não bastasse problemas com o comercio e segurança dentro do campus, deslumbramos no dia-a-dia acadêmico duas universidades, uma para os estudantes matutinos e outra para os estudantes noturnos. Infelizmente a segunda deixa muito a de
sejar.

-- NOS NÃO SOMOS CONTRA O PONTO ELETRÔNICO. Somos contra a perseguição da categoria no que diz respeito a moralização. Se a política do magnífico Reitor for de moralizar, que o faça com todos os funcionários e servidores. Entendemos que os professores não têm que bater o ponto eletrônico, pois esse tem o direto por constituição de não faze-lo. Todavia existem vários instrumentos que podem fiscalizar os mesmo para ver qual tem realmente carreira exclusiva. Não é novidade dentro da UFMG que vários professores tem a docência como serviço secundário, e como não bastasse esses usam da chancela da UFMG para advogar, legislar, atender pacientes particulares em escritórios públicos, fazer consultoria, revisão, abrir editoras, casas de shows, exercer cargos políticos paralelo a pesquisas. No caso do Magnífico Reitor ainda, esse, não se encontra em idade de exercer o oficio, o mesmo deveria por lei, estar aposentado. Então, vamos regularizar isso tudo? Vamos Moralizar a UFMG? Ponto eletrônico, dedicação exclusiva, aposentadoria compulsória. Não sabemos se é esse o caminho que temos que seguir pois com a carreira que os profissionais da educação tem, é difícil garantir um quadro eficiente de funcionários com dedicação exclusiva, isso ressalta a necessidade de se discutir em sentido amplo, não só para os TAE.

Nosso sinceros comprimentos e a certeza que estaremos na luta.

D.A. Letras da UFMG


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