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Um ano depois, outro acidente

25/03/2010
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Desastre de ontem aconteceu a poucos metros de onde alunos morreram

Os estudantes do campus II do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), na avenida Amazonas, altura do bairro Nova Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte, reviveram ontem um pesadelo. Exatamente no dia em que completou um ano do acidente que matou dois alunos do colégio, um outro atropelamento vitimou os colegas do curso de eletrotécnica, Thiago dos Santos, 16, e Letícia Amorim, 18. Os dois foram atingidos por um Fiat Fiorino quando passavam pela faixa de pedestre, pouco antes do início da aula.

O acidente aconteceu a poucos metros de distância do atropelamento que matou, no dia 24 de março do ano passado, os estudantes Fernanda Maia Reis, 20, e Ronaldo Lúcio Costa Almeida, 19. Eles foram atingidos na calçada por um caminhão desgovernado, quando esperavam um coletivo no ponto de ônibus. Desde então, os estudantes reivindicam melhorias no trânsito da região.

No acidente de ontem, segundo o soldado Rafael Gama, a garota teve um hematoma na cabeça e escoriações pelo corpo, enquanto o rapaz sofreu trauma no rosto, fraturou o nariz e escoriações. Os dois foram socorridos pelo Samu e levados para o Pronto-Socorro João XXIII. Letícia teve alta na tarde de ontem e Thiago continuava em observação até o fechamento desta edição.

O técnico de aúdio Alberto de Almeida, 30, motorista do Fiorino, negou a informação dada por testemunhas de que ele teria avançado a faixa de pedestre. Ele foi ouvido e liberado pela Polícia Militar.

Segundo a Polícia Civil, o motorista poderá ser intimado e processado por lesão corporal se uma das vítimas representar a queixa.

O que mudou:

- Seis meses depois do acidente que matou os dois alunos do Cefet, a BHTrans atendeu aos pedidos dos estudantes e instalou na portaria do campus, entre as ruas Independência e Oscar Negrão de Lima, uma nova travessia com sinalização para carros e pedestres.

- As calçadas foram rebaixadas para melhorar a acessibilidade e foram instalados gradis direcionando o fluxo de pedestres para a faixa. Segundo a BHTrans, no mesmo mês foi realizada uma campanha educativa na avenida Amazonas e palestras da empresa e da Polícia Rodoviária Federal foram ministradas no prédio do Cefet.

Detector de avanço deve ser instalado no local

O diretor do campus II do Cefet, professor Tarcísio de Oliveira, de 53 anos, afirmou que foi encaminhado um pedido à BHTrans para que o semáforo instalado em frente à instituição tenha também um radar que registre o avanço. “As pessoas passam no vermelho porque sabem que não terão punição. Falta educação e respeito no trânsito”, ressaltou.

A assessoria da BHTrans informou que Belo Horiznte ainda não conta com nenhum semáforo fiscalizador eletrônico. O Cefet poderá receber um dos 40 detectores de avanço de semáforo em licitação. O procedimento está em fase de análise de propostas, e a previsão é de que os semáforos dos principais corredores viários da cidade recebam os equipamentos neste semestre.

A estudante de eletrotécnica Carolina Campolina, 15, acredita que a medida deva inibir o problema. “Só com o sinal eles não respeitam. Quando mexe no bolso, quando há a multa, os motoristas aprendem”. (VHF)


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