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“Façamos nós por nossas mãos tudo o que a nós diz respeito!”

30/04/2012
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1º. de maio, dia do Trabalho
 
“Façamos nós por nossas mãos tudo o que a nós diz respeito!”
 
(Hino da Internacional Socialista)
 
No dia 1º. de maio comemora-se, em todo o mundo, o Dia do Trabalho. No Brasil e em vários países a data é feriado nacional e dedicada a festejos diversos, para lembrar este importante dia como marca da luta dos trabalhadores e de suas conquistas históricas, obtidas com muito sacrifício, derramamento de sangue e dedicação de milhares de pessoas. O dia é também uma importante referência no sentido de se conscientizar a classe trabalhadora de que o mundo do trabalho é dinâmico e está em permanente mutação, sendo necessário entendê-lo para transformar a exploração à que são submetidos os trabalhadores em respeito e justiça social.
 
Em 1886, em Chicago, nos Estados Unidos, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, e dentre elas, a redução da jornada de trabalho - que em alguns casos chegava à 17 horas - para 8 horas. Reivindicavam também melhores salários, descanso semanal remunerado e um período anual de férias. No mesmo dia, ocorria no país uma greve geral de trabalhadores, sendo que os conflitos com a polícia eram constantes. Num desses embates, oito operários morreram, centenas foram presos e vários enforcados, após um julgamento injusto e sumário, em que foram acusados de liderar as manifestações do dia 1º. de maio. No dia 4 de maio, novas manifestações tomaram conta das ruas de Chicago e, desta vez, em novos confrontos violentos com a polícia, morreram 12 trabalhadores e dezenas de pessoas ficaram feridas.
 
Em homenagem aos lutadores mártires de Chicago, a Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, no ano de 1889, dedicou a data aos trabalhadores mortos pela repressão policial nos Estados Unidos, criando o Dia do Trabalho.
 
O 1º. de maio no Brasil
 
O 1º. de maio é comemorado no Brasil desde o ano de 1925, por decreto sancionado pelo presidente da República, Artur Bernardes. Desde então, a data vem sendo lembrada de diversas formas. Em 1940, o presidente Getúlio Vargas anunciou o novo salário mínimo. Em 1941, foi utilizada para marcar a criação da Justiça do Trabalho, que visava resolver os conflitos existentes entre os trabalhadores e seus patrões. Vale lembrar que até meados do século XIX não existia no mundo limite de horas de trabalho, o descanso semanal e as férias remuneradas. Também não havia a previdência social, entre outros direitos dos trabalhadores de hoje.
 
Após a Revolução Industrial do século 18 e a produção industrial no século 19 iniciou-se uma lenta trajetória de reconhecimentos dos direitos dos trabalhadores, ao longo do tempo, graças à luta de muitos que se dedicaram à causa contra a exploração humana. A situação brasileira não era muito diferente daquela vivida em outros países do mundo até a década de 1930. Naquele momento surgiu no cenário político nacional a figura de Getúlio Vargas, que criou o Ministério do Trabalho e muitas das leis trabalhistas até hoje em vigor. 
 
Entretanto, Getúlio, chamado de "Pai dos Pobres", em 1931, seguindo o modelo do ditador fascista italiano Benito Mussolini, criou a Lei de Sindicalização, ou seja, atrelou os estatutos dos sindicatos do país à chancela do governo, uma vez que tais estatutos deveriam obrigatoriamente passar pela aprovação do Ministério do Trabalho. Com isso, os sindicatos perderam sua força e se tornaram subserviente ao governo que se instalava no país.
 
No Brasil, a primeira comemoração do 1º de maio foi em Santos, no ano de 1895. Em setembro de 1925, o dia se transformou em feriado, por decreto presidencial. No dia 1º. de maio de 1943, Vargas também criou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), um conjunto de leis que estabeleceu a jornada de oito horas de trabalho por dia, o descanso semanal remunerado, a regulamentação do trabalho de menores e mulheres, a criação da Previdência Social. Durante muitos anos, o reajuste do salário mínimo no país era anunciado nesse dia.
 
 

 


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