SINDIFES FASUBRA Central Única dos Trabalhadores

CUTistas mineiros debatem Liberdade e Autonomia Sindical

12/04/2012
Impressão amigávelImprimir Gerar PDFPDF


Dezenas de dirigentes de sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diretores da Central em Minas Gerais participaram na terça-feira (10) do Seminário Estadual: Liberdade e Autonomia Sindical, realizado na Escola Sindical 7 de Outubro, em Belo Horizonte. Eles debateram, principalmente, o plebiscito lançado pela CUT em todo país em que os trabalhadores vão votar se são favoráveis ou não ao fim do Imposto Sindical. A consulta faz parte da Campanha Nacional por Liberdade e Autonomia Sindical, iniciada no final de março.

Segundo Júlio Turra, da Executiva Nacional da CUT, que participou do seminário, o plebiscito foi uma forma encontrada para reavivar o debate em torno do fim do Imposto Sindical, uma das principais bandeiras da Central. “O plebiscito é uma propaganda da CUT, que tem uma proposta concreta para substituir o Imposto Sindical: a taxa negocial, aprovada em assembleia pelos trabalhadores. Isso é mais democrático. Não quer dizer que, encerrado o plebiscito, acabou o Imposto Sindical. Ele só vai acabar com uma nova lei. A discussão é uma maneira de apresentarmos a nossa cara, a da CUT, e não sermos confundidos com a pelegada que está por aí”, disse.

Para Turra, ao lançar a campanha, a CUT pretende preparar toda a sua base para o debate sobre autonomia e liberdade sindical. “Os sindicatos devem se estruturar para não depender o Imposto Sindical. A campanha é uma forma de dialogar com a base sobre a questão, fazer o trabalho de convencimento sobre a taxa negocial. O Imposto Sindical só favorece aos chamados ‘sindicatos de carimbo’, que não têm base e se mancomunam com os patrões. No Brasil existem cerca de 18 mil entidades sindicais, 60% deles não passam de ‘sindicatos de carimbo’.”

De acordo com Turra, a CUT decidiu fazer a campanha nos meses de março e abril porque é quando os trabalhadores sentem nos bolsos o desconto de um dia de trabalho para o Imposto Sindical.

Ele reconheceu que alguns sindicatos encontrarão dificuldades para se sustentar sem a contribuição. “Sabemos que algumas entidades não sobreviverão, mas, sem ousadia, não vai haver mudanças e não vai acabar nunca essa estrutura sindical verticalizada e arcaica. A CUT pode perder alguns sindicatos, mas outras centrais vão perder muito mais sem o Imposto Sindical.”

O dirigente alertou para o fato de que as demais centrais sindicais reconhecidas se uniram pela manutenção do Imposto Sindical. “Elas vão disputar os sindicatos CUTistas. Vão tentar minar a nossa base, pois não querem que a contribuição seja extinta”, disse.

Júlio Turra enfatizou que não basta simplesmente acabar com o Imposto Sindical e com a unicidade sindical. “É preciso que seja ratificada a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que sejam criadas lei rigorosíssimas contra as práticas antissindicais, que viabilize a organização por local de trabalho e que os sindicatos tenham livre acesso aos trabalhadores. É preciso acabar também com o poder normativo da Justiça do Trabalho. Os trabalhadores têm o direito de se organizarem como bem quiserem.”

O seminário foi organizado em duas etapas. Na primeira, pela manhã, os dirigentes discutiram o plebiscito com uma mesa composta pela vice-presidente da CUT/MG, Elza Ilza Simões Souza; Shakespeare Martins de Jesus, da Direção Nacional da CUT; Paulo Henrique Santos Fonseca, da Direção Estadual; e Fernando Cançado, do Sinttel/MG. À tarde, a mesa contou com Júlio Turra; Carlos Magno de Freitas, secretário-geral da CUT/MG; e com a coordenadora Lourdes Aparecida de Jesus Vasconcelos, secretária de Formação da Central no Estado.

             


Sistema Jurídico






  

Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino Universidade Federal de Minas Gerais CEFET-MG Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Instituto Federal de Minas Gerais
Desenvolvimento: DataForge | Najla Mouchrek      | 2014 | Sindifes | Todos os direitos reservados