SINDIFES FASUBRA Central Única dos Trabalhadores

Ato unificado fortalece luta contra privatizações, terceirização e reformas trabalhista

15/09/2017
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Dia Nacional de Luta, 14 de setembro, foi marcado por mobilizações, paralisações, assembleias, atos e manifestações em Minas Gerais. Eletricitários, bancários, petroleiros, metalúrgicos, educadoras e educadores, servidoras e servidores municipais, trabalhadoras e trabalhadores dos Correios, que entram em greve por tempo indeterminado às 22 horas do dia 19 de setembro, categorias das instituições federais de ensino, outras categorias, movimentos sociais, populares e estudantis realizaram diversas atividades. Entre as pautas, foram levadas às ruas a luta contra a aprovação da reforma da Previdência, a coleta de assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular pela revogação da reforma trabalhista e a Campanha em  Defesa dos Serviços e Servidores Públicos, contra a Privatização e a Terceirização.

O Dia Nacional de Luta foi encerrado em Belo Horizonte com ato público que uniu, no final da tarde de quinta-feira (14), todas as categorias, a Central Única dos Trabalhadores, CTB, demais centrais, os movimentos sindicais, sociais, populares e estudantis na Praça Afonso Arinos, Região Central da capital mineiro. A manifestação foi coordenada pela presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, e pela presidenta da CTB, Valéria Morato.

Insituições Federais em colapso

A coordenadora geral do SINDIFS, Cristina del Papa, alertou para a falta de recurso para o sistema federal de ensino. "Este governo golpista cortou as verbas de manutenção e de investimentos das instituições federais de ensino que estão fazendo de tudo para não fecharem as portas. Muitos alunos estão deixando os cursos por falta de bolsas. Quando conseguimos que a população pobre, negra, indígina e quilombola tivesse acesso ao ensino superior, vem este retrocesso" apontou. Segundo ela, é fundamental que seja garantido as verbas necessárias para a educação para começarmos a pensar em sair da crise e em um país melhor. "Algumas cidades são dependentes da economia que gira em torno das universidades que geram empregos em diversas frente", afirmou.

Energia ficará mais cara com leilões e privatizações

Jefferson Leandro Teixeira da Silva, coordenador-geral do Sindieletro-MG, enfatizou que a luta contra as privatizações passa por um momento decisivo em Minas Gerais: os leilões das usinas da Cemig de Miranda, Volta Grande, São Simão e Jaguara. “Os leilões das quatro usinas, marcado para o dia 27 de setembro, são o ensaio para privatização da Eletrobras e da entrega de todo o setor energia elétrica pelo governo golpista e ilegítimo de Michel Temer. As quatro usinas representam 50% da produção de energia da Cemig. Os golpistas não respeitam a soberania nacional, muito menos o patrimônio do povo brasileiro.” Nesta sexta-feira, 15 de setembro, lembrou o coordenador-geral do Sindieletro-MG, acontece, às 14 horas, em Jaguara, um grande ato contra os leilões. “Mesmo que vendam as usinas, não vamos entregá-las.”

“Bancárias e bancários estão mobilizados em defesa dos serviços e dos servidores públicos e na coleta de assinaturas pela revogação da reforma trabalhista. Não podemos permitir que instituições como a Caixa e o Banco do Brasil sejam privatizados. Com isso, acabariam os bancos que são responsáveis pelo bolsa família, os investimentos em agricultura familiar, a habitação popular, a Lotex – que destina recursos para esportes e saúde, a gestão do FGTS, entre outros serviços. Não queremos que privatizem na nossa saúde, nossa educação, nossa energia elétricas, nossos recursos naturais. Queremos uma Eletrobras forte, uma Cemig forte, uma Petrobras forte”, afirmou Eliana Brasil, presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região.

Marco Antônio de Jesus, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/MG), disse que a classe trabalhadora não vai tolerar a reforma trabalhista e que a categoria vai lutar pela revogação da nova legislação e contra a terceirização. “A nossa unidade é fundamental para a coleta de assinaturas e para pôr um fim nesta reforma. A unidade de classe também é essencial para o fora, Temer e contra a reforma da Previdência.” Segundo ele, os metalúrgicos, em negociação da campanha salarial, estão dispostos a entrar em greve por tempo indeterminado se suas reivindicações não forem atendidas.

Metalúrgicos contra a reforma trabalhista

Logo de madrugada, metalúrgicos da CUT, CTB, Força Sindical e CSP Conlutas deram o seu recado aos patrões nessa quinta-feira, 14 de setembro, no dia nacional de luta, mobilização e greve contra a implementação da reforma trabalhista e contra a aprovação da reforma da Previdência.

Trabalhadoras e trabalhadores da GE, localizada na Cidade Industrial, em Contagem, receberam o informativo do movimento Brasil Metalúrgicos Minas e foram convidados a acompanhar as manifestações dos sindicalistas.

Vários trabalhadores pararam para ouvir o recado dos dirigentes, porém a direção da empresa chamou a Polícia Militar, que chegou colocando os trabalhadores para dentro da fábrica. Tal atitude, tanto da empresa quanto da PM, resultou num acidente com um trabalhador.

Depois de ser colocado para dentro da empresa por um local inadequado, o trabalhador caiu com sua motocicleta. Segundo a GE, ele sofreu ferimentos leves. Uma ambulância do SAMU foi ao local prestar atendimento ao funcionário.

Na BR 381, próximo a FIAT Automóveis, os metalúrgicos também fizeram manifestações, bloqueando toda a via por algumas horas. Atos contrários à implementação da reforma trabalhista ocorreram também em Juiz de Fora, em cidades do Sul de Minas, na Zona da Mata e no Vale do Aço.

É bom lembrar que está em curso a coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) pelo anulação da Reforma Trabalhista. A iniciativa é da CUT e foi lançada no último dia 7, durante as atividades do movimento Grito dos Excluídos. O objetivo é colher, no mínimo, 1,3 milhão de assinaturas, para que o projeto seja aceito no Congresso Nacional. Para aderir ao PLIP, além do nome e assinatura é preciso também acrescentar os dados constantes do título de eleitor (número do documento e números da zona e sessão eleitorais).

Fonte: CUT-MG/Rogério Hilário
Alterada pelo SINDIFES


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