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Seminário debateu os retrocessos da Educação, Ciência e Tecnologia com aprovação da PEC 24

05/12/2016
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A APUBH (Sindicato dos Professores Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco) realizou o seminário "PEC 55/2016: Retrocessos para a Educação-Ciência e Déficit Civilizatório" na última sexta, dia 2 de dezembro, no auditório da Escola de Engenharia da UFMG. 

Foram convidados para o debate, a Professora do Departamento de Educação da UFMG, Pós Graduada em Comunicação, Mestre e Doutora em Comunicação pela Unb, Ângela Carrara Diniz; o Professor Titular de Economia da UNICAMP, Pós Graduado em Economia pela UFMG, Mestre e Doutor em Economia pela Unicamp, Fernando Nogueira da Costa; o Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação pela FAPEMIG, Paulo Beirão; o professor e Vice Presidente do Instituto de Física da UFRJ, Íldeu de Castro Moreira; a especialista em Gestão Pública e Saúde Coletiva pelo IPEA, Fabíola Vieira; a Economista e Especialista em Gestão Pública, Eulália Alvarenga; o professor e Especialista em Econometria Monetária Crescimento e Desenvolvimento Economico pela UFMG, João P. Romero.


Na parte da manhã, a professora Ângela abordou o papel da mídia no cenário político e econômico. Segundo ela, a mídia está sendo omissa no seu dever de levar ao cidadão a informação limpa, "os meios de comunicação, vinculados a elite brasileira, consequentemente aos interesses do capital internacional, aplaudem de pé, cada direito que é desconstruído". Para ela, é preciso que se construa uma mídia mais democrática no país pois a mídia brasileira decidiu que existe uma verdade que parte da elite, nunca do povo. A doutora, que também foi Coordenadora de Comunicação Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), no governo Dilma, afirma que houve uma tentativa de se construir um Estado de bem estar social, mas que a mídia tentou desconstruir o tempo todo, "muitas informações ficam omissas. Os veículos de comunicação, corporativos e comerciais, intermitentemente, batem e tentam fazer com que os programas sociais sejam desacreditados. Em 2007, nem publicidade paga do bolsa família, a Globo aceitava".

Para a Mestra em Comunicação, mesmo que o resultado do 2º turno de votação da PEC seja favorável ao governo, é preciso que o povo continue unido e a luta tem que continuar. "Nós sabemos que o que eles estão fazendo é inconstitucional, porque não se mexe no capital, eles estão jogando a conta para o trabalhador pagar. Mas isso não é o fim, em todas as oportunidades de encontro, sindicato, igreja, condomínio, sala de aula, nós teremos que discutir esse assunto".

O professor Fernando apresentou alguns dados relacionados a economia nacional e reafirmou o discurso da professora Ângela sobre as manobras injustas do governo Temer. "O diagnostico é errado. O problema não é de ajuste fiscal de corte sociais, trata-se de um problema de alta taxa de juros, que compromete o déficit nominal. Que é três vezes o déficit primário ligado aos gastos públicos e sociais." O deficit primário é aquele ligado aos investimentos do governo em setores como educação e saúde. E os juros que o professor menciona é a conta que o governo deve pagar sobre aquilo que ele gastou com a dívida pública, mas que ele não arrecadou. Para o Mestre em economia a aprovação da PEC 241/55 é a imposição de uma ditadura econômica, "isso significa o sequestro do direito do eleitor de escolher programa econômico, mesmo tendo a eleição presidencial o cidadão não vai poder escolher o programa que quer".


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