NOTA DE ESCLARECIMENTO A COMUNIDADE DA UFVJM19/10/2016
O SINDIFES vem esclarecer a Comunidade Universitária, e principalmente a Reitoria, que a Paralisação Conjunta dos Técnico-Administrativos em Educação e Estudantes nas atividades cotidianas da UFVJM, no dia 19 de outubro de 2016, não impactarão de forma irreversível nos trabalhos para a execução dos processos licitatórios, dos concursos e contratos, da Pós-Graduação e nem da PROGEP, que é responsável pela efetivação da folha de pagamento dos servidores docentes e TAE. Mas, a aprovação em 2º turno da PEC 241/16, que está sendo considerada a PEC da morte dos serviços públicos – principalmente da Educação, da Saúde e da Assistência Social –, impactará, de forma negativa e definitiva, por 20 anos, ou seja, uma geração inteira que perderá o acesso aos serviços de excelência e gratuitos, que são oferecidos pela UFVJM aos seus Estudantes e a Sociedade. Esse impacto é ainda mais relevante, no caso da UFVJM, por essa ser uma universidade localizada em uma região carente, no interior do Estado de Minas Gerais, e que necessita de apoio para o desenvolvimento. Compreendemos a preocupação da Reitoria com os impactos da PEC 241, mas acreditamos que as ações devem superar o estado de preocupação, pois é necessário que tomemos atitudes diante deste retrocesso tão grande. Apenas lamentar, não irá recuperar: o orçamento perdido nos cortes do custeio e financiamento das Instituições Federais de Ensino que chegam, respectivamente a 20% e 45%; cortes das bolsas da CAPES em torno de 70%, congelando a pesquisa científica; o corte do Programa Ciências Sem Fronteira; reverter a incorporação do Ministério da Ciência e Tecnologia ao Ministério das Comunicações, que impactará nas ciências, tecnologias e inovações; retomar as expansões dos campi, principalmente no interior do Brasil, possibilitando o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão e econômico nestas regiões; entre outros. Há também os cortes na Assistência Estudantil que reduziram as condições de permanência dos estudantes, inviabilizando o ensino para os alunos das regiões distantes dos centros acadêmicos. As paralisações ou o movimento paredista devem causar impactos e reflexões, e não são articulados para causar prejuízos conforme insinua a Reitoria. O movimento dos TAE e dos Estudantes tem sido responsável e preservado o patrimônio público. Temos consciência de nossa inserção na sociedade e em nossas lutas, sempre nos preocupamos com a preservação do patrimônio físico, material e humano, um dos motivos da manutenção dos serviços essenciais. Estamos e continuaremos lutando contra os retrocessos, contra a retirada de direitos, contra o desmonte dos serviços públicos, contra a PEC 241/16 e esperamos que a Reitoria da UFVJM esteja ao nosso lado e não contra nós, pois amanhã não teremos mais um ensino de excelência e nem gratuito para ofertar aos estudantes, caso a PEC se efetive. A aprovação da PEC 241/16 pode acabar com as universidades em menos de 20 anos, e a UFVJM não está longe desta perspectiva sombria.
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