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Base do SINDIFES entrará em Greve contra os ataques ao serviço público e trabalhadores

18/08/2016
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Os trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da base do SINDIFES - da UFMG, CEFET-MG, UFVJM e IFMG - aprovaram, nesta quinta-feira, 18, a deflagração de uma Greve da Categoria, a ser iniciada na próxima segunda, dia 22 de agosto, durante a a realização de nova Assembleia Sindical Geral.

A justificativa dos trabalhadores para a entrada em greve é a certeza de que o momento é crítico e é preciso agir para barrar os ataques à universidade pública, tendo em vista o anúncio do governo interino, no início desta semana, de que irá reduzir em 45%, ainda em 2016, o orçamento previsto para a manutenção das instituições federais de ensino, o que inviabilizará o funcionamento das mesmas e até mesmo a conclusão do segundo semestre letivo. Somado a isto,  o serviço público, nas três esferas - federal, estaduais e municipais -  está enfrentando aquilo que o trabalhadores denunciam como “desmonte da estrutura do serviço público”, com a redução de recursos para programas de educação, saúde, segurança, infraestrutura etc.


Contra os trabalhadores da iniciativa pública e privada pesam também as ameaças de cortes de direitos previdenciários, o que afetará ativos e aposentados, e outros como férias, 13o. salário, carga horária de trabalho, horário de almoço etc. Especificamente com relação ao serviço público, tramitam na Câmara dos Deputados o PLP 257/16, já aprovado, e a PEC 241/16, que são tão somente as tentativas iniciais do governo interino de privatizar, terceirizar e reduzir o serviço público, além de congelar o orçamento público, prejudicando investimentos essenciais para o desenvolvimento do país e para a população. Também está em tramitação o PL 4.567/16, que altera o regime de partilha da Petrobrás e reduz recursos que seriam destinados à saúde e à educação. Até a mesmo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), responsável pela gestão dos hospitais universitários, está sendo ameaçada de privatização, com o aval dos ministros interinos da Saúde e da Educação, o que significa a a retirada do poder público da sua obrigação constitucional de garantir a saúde e a educação da população, que ficarão subjugadas ao mercado.


Resgatando o protagonismo da luta


Com um cenário extremamente adverso para a sociedade, a base do SINDIFES avaliou a necessidade de que a Categoria dos TAE se posicionasse, tal qual já aconteceu no passado, e resgatasse o seu protagonismo na luta contra o desmonte total do serviço público. Neste sentido, espera que outras bases da FASUBRA, que já têm assembleias gerais marcadas e indicativos de greve, também entendam a necessidade de acenar para a Federação que não mais é possível protelar a construção de um movimento grevista forte, sob pena de sermos todos atropelados pela conjuntura, perdendo o tempo da ação concreta para barrar o maior ataque ao serviço público e aos trabalhadores de que se tem notícia em toda a história brasileira.



Mobilização


A partir da aprovação do início da Greve marcada para o próximo dia 22 de agosto, os trabalhadores deverão realizar reuniões nas unidades/instituições, com a finalidade de intensificar a mobilização e a efetiva construção do movimento grevista. A direção do Sindicato irá participar das reuniões para auxiliar a mobilização e conscientização e repassar os informes sobre o cenário atual.


Encaminhamentos


- Realização de Assembleia Sindical Geral, dia 22 de agosto, segunda, às 9h30, em local a confirmar no campus Pampulha (auditório da Engenharia estará ocupado).


- Realização de Audiência Pública na UFMG com o Reitor, Pró-reitor de Planejamento e Pró-reitor de Assuntos Estudantis para explicar como os sucessivos cortes de orçamento prejudicarão o funcionamento da universidade.


- Realização de assembleia conjunta com estudantes e professores para a construção de ações em defesa da universidade pública.


- Ocupação do espaço do DCE-UFMG no campus Pampulha para estabelecimento do comitê em prol da Universidade Pública. Ocupação de espaço também na Reitoria para ampliar a visibilidade das ações.


- Enviar correspondência aos trabalhadores aposentados explicando os motivos da Greve e convidando-os a participar das atividades.


- Enviar nota à FASUBRA solicitando que a Federação se posicione urgentemente sobre a defesa da universidade pública e assuma o comando do movimento de resistência ao desmonte da educação e da saúde.


- Enviar nota às demais entidades sindicais da base da FASUBRA e do Serviço Público convocando para a construção da Greve Geral do Serviço Público.


- Enviar Caravana para Brasília no dia 29 de Agosto em Defesa da Democracia e contra o Golpe.


-Buscar esclarecer a população, por meio de notas, cartas abertas, manifestações e contatos com a mídia, sobre o significado do desmonte da estrutura do serviço público e os ataques aos direitos da classe trabalhadora, que afetará a todos.


-Realizar debates com os candidatos a prefeitura de Belo Horizonte, para cobrar deles a defesa das instituições federais de ensino, uma vez que as universidades e institutos são centrais para o desenvolvimento regional, além de serem parceiros em diversos projetos de saúde e educação.


-Realizar roda de conversas e debates com candidatos a vereadores/as oriundos das comunidades universitárias ou comprometidos historicamente com a luta em defesa da educação.


-Visitar todos os 53 deputados federais e 3 senadores por Minas Gerais para solicitar aos mesmos que se posicionem contrários aos projetos que prejudicam ao serviço público e que retiram direitos da classe trabalhadora, bem como solicitar que os mesmos assumam a defesa da universidade pública.


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