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Carta aberta aos estudantes impactados pela suspensão do SISU

19/06/2015
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Os Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFMG estão em Greve, desde o dia 28 de maio, tentando abrir negociações com o Governo Federal para a implantação de uma política de aprimoramento da carreira e de reajustes salariais para a Categoria, além de se posicionarem contrários ao ajuste fiscal, que traz no seu bojo cortes expressivos nos recursos das áreas de Educação e Saúde.

A suspensão das matrículas do SISU é um ato que visa chamar a atenção do Governo Federal, do Ministério da Educação (MEC) e da sociedade para as reivindicações do movimento grevista. Entretanto, para nós é essencial que os alunos e alunas que estão sendo afetados neste momento por nosso ato compreendam que os Técnico-Administrativos não estão contra eles. Inclusive, não é contraditório afirmar que esta ação irá beneficiar, num futuro próximo, toda a comunidade universitária, especialmente os novos estudantes que brevemente ingressarão nesta instituição.

Em nossa pauta de reivindicações, junto às nossas demandas específicas, estão também questões que impactam diretamente a sociedade e, de forma direta, toda a comunidade da UFMG. Ao nos posicionarmos contrários aos cortes orçamentários na Educação e na Saúde e exigirmos que as instituições federais de ensino tenham financiamento adequado, estamos lutando não apenas por nossas condições de trabalho, mas também pelo direito de todos a um ensino público, gratuito e de qualidade.

À título de informação aos novos estudantes, nesta semana o Governo informou que a UFMG terá um corte de 10% (dez por cento) em cima do atual orçamento, que já vem sendo reduzido em 30% desde outubro de 2014. A universidade está se encaminhando para o sexto mês sem pagar contas de água e luz; sem verbas para concluir as suas obras de expansão e com o Hospital das Clínicas sem materiais para realizar procedimentos cirúrgicos, dentre outros. E a tendência é piorar, pois os serviços de limpeza, manutenção e vigilância estão acontecendo em escalas mínimas na instituição, trazendo transtornos e riscos para quem nela trabalha e ou estuda.

Não é esta universidade que queremos e com certeza não é nesta universidade que você quer estudar. Por isto, pedimos a compreensão de todos, mesmo que se sintam temporariamente prejudicados pela Greve. Precisamos lutar para garantir uma universidade democrática, de qualidade, socialmente referenciada e capaz de oferecer condições dignas de trabalho e estudo.


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