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Atividade de Greve em conjunto com estudantes discutiu limites da terceirização na FACE

16/06/2015
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A Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG recebeu na segunda-feira, 15 de junho, o debate Relações de Trabalho: Limites da Terceirização. A discussão foi organizada pelo Diretório Acadêmico da FACE e pelos Programas de Educação Tutorial (PETs) e contou com o apoio do SINDIFES, sendo uma atividade de mobilização da Greve dos trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFMG.

Os convidados para a realizarem exposição sobre o tema foram a Juíza Márcia Cristina Sampaio Mentes,  da 15ª Região do Tribunal Regional do Trabalho, a Coordenadora Geral do SINDIFES Cristina del Papa e o Professor Felipe Oliveira Raslan, do CEFET-MG.

A juíza Márcia Cristina dedicou a sua exposição a contrapor argumentos e falácias que são apresentadas para defender e justificar a terceirização, como de que haverá aumento do número de postos de trabalho, ou não haverá redução de salários e direitos trabalhistas, entre outros. Ela destacou em sua fala a ameaça sofrida pelas entidades sindicais, com a desvinculação do trabalhador de sua entidade de classe e vinculação ao sindicato dos terceirizados.


Juiza Marcia Cristina Sampaio Mendes da 15ª Região do TRT desmistificou diversas falácias sobre a terceirização

A juíza lembrou a força dos trabalhadores e movimentos sindicais e sociais, que foram às ruas no dia 19 de abril e pressionaram o Congresso, que acabou recuando em alguns pontos do projeto. Márcia destacou ainda importantes aliados dos trabalhadores nessa luta contra a terceirização, como o Ministério Público do Trabalho, que prepara uma ação de inconstitucionalidade junto ao STF.

Por fim Márcia reafirmou que é contra a terceirização e conclamou todos a uma reflexão sobre o tema, deixando de olhar simplesmente sobre o aspecto econômico e administrativo, passar a observa-la sobre a ótica do ser humano e dos efeitos para os trabalhadores.

O Professor Felipe Raslan fez um resgate histórico da evolução do capitalismo, passando pelas diversas crises de acúmulo de capitais até se chegar aos dias de hoje onde o objetivo é explorar ao máximo a força de trabalho e o tempo de vida dos trabalhadores, gerando e acumulando riqueza ao máximo.

Raslan chamou a atenção ainda para uma cada vez maior desvalorização da força de trabalho no serviço público, que visa priorizar a iniciativa privada e o sistema financeiro. Por fim o professor lembrou que somente indo às ruas os trabalhadores conseguirão barrar esse e outros ataques.

Cristina del Papa, expôs o ponto de vista do Movimento Sindical sobre a terceirização, que é em sua imensa maioria contrário ao projeto de lei. A dirigente sindical chamou a atenção para o esforço que vem sendo feito pelos conservadores para acabar com os movimentos sindical e social, pois são esses que se mobilizam, vão para às ruas e conseguem pressionar Governantes.


Coordenadora Geral do SINDIFES Cristina del Papa apresntou o ponto de vista do movimento sindical sobre a terceirização

A Coordenadora Geral do SINDIFES lembrou que a terceirização já afeta diretamente as Universidades, sobretudo em setores como vigilância e limpeza, e mais recentemente nos Hospitais Universitários, com a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH. Cristina chamou a atenção ainda para a invisibilidade dos trabalhadores terceirizados, e os inúmeros problemas trabalhistas enfrentados por esses, e destacou a importância de que essa luta seja de todos os trabalhadores.

Angélica Braga, estudante de Administração e integrante do PET ADM, apresentou o ponto de vista de uma futura administradora sobre o tema e a importância de se discutir os reais impactos da terceirização sobre a vida e saúde das pessoas. A estudante lembrou os problemas enfrentados pelas mulheres, que já sofrem no mercado de trabalho com remunerações menores e com a dupla jornada de trabalho, quando retornam para seus lares, e essas serão ainda mais afetadas pela terceirização, com salários ainda menores e jornadas mais desgastantes.

 


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