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Dia Nacional de Paralisação mobiliza trabalhadores em Minas e leva milhares às ruas

29/05/2015
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A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), demais centrais, sindicatos CUTistas e movimentos sociais construíram um 29 de maio histórico de luta contra a terceirização e a retirada de direitos. No Dia Nacional de Paralisação e Manifestações várias categorias paralisaram atividades, realizaram atos, mobilizações e ocupações, trancaram rodovias e ruas, deflagraram greves por tempo indeterminado, dialogaram com a população e se uniram num Grande Ato público que levou mais de 5 mil pessoas  às ruas de Belo Horizonte. A manifestação, que começou às 16 horas na Praça Afonso Arinos, só terminou por volta as 19 horas, após marcha até a Praça Sete, na Região Central da capital mineira.

“O dia de hoje foi de luta em Belo Horizonte. Um dia histórico para os movimentos sindical e sociais de Minas Gerais e do Brasil. A ocupação do Ministério da Fazenda pelo MST e o MAB foi um recado a governo federal de que não vamos aceitar que o ajuste fiscal cai nas costas de trabalhadoras e trabalhadores. Não vamos aceitar a terceirização, que vem adoecendo, mutilando e matando a classe trabalhadora. Foi um dia em os metroviários, a rede estadual de ensino, os Correios, os bancários pararam contra a terceirização. Estamos todos de parabéns, principalmente os metroviários, que atenderam ao chamado e paralisaram todas as estações. Fizemos um grande ato, unimos o campo e a cidade e, desta forma, vamos derrotar a terceirização e o ajuste fiscal”, disse Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG.

“Parabéns a todos nós por este dia que construímos. Agradeço aos metroviários que ajudaram a fazer esta luta. E todas as categorias podem ser contar conosco. Estaremos sempre juntos nas lutas pelos direitos, interesses e conquistas da classe trabalhadora”, disse Alda Lúcia Fernandes Santos.

O Dia Nacional de Paralisação e Mobilizações  começou em Belo Horizonte com paralisações de metroviários, bancários, trabalhadores dos Correios, de telecomunicações, educadores, servidores públicos municipais e estaduais. Aconteceram também mobilizações e protestos de metalúrgicos, petroleiros, eletricitários, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MAB), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Federação Estadual dos Assalariados Rurais (Feraemg)  e dos movimentos sociais contra a terceirização e o ajuste fiscal, que retira direitos da classe trabalhadora.

No início da tarde, os movimentos sindicais e sociais participaram de audiência pública sobre terceirização e retirada de direitos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a presença do senador Paulo Paim (PT/RS). Às 16 horas, todos se concentraram na Praça Afonso Arinos, no Centro da capital mineira, para grande ato público contra o PLC 30/2015, as Medidas Provisórias 664 e 665, a retirada de direitos e em defesa da democracia e de uma Constituinte exclusiva sobre a reforma política.

Os metroviários, coordenados pelo Sindimetro-MG, pararam  as 19 estações de metrô de Belo Horizonte. Rodoviários paralisaram as atividades nas estações Diamante, Barreiro e Pampulha no horário de pico. Várias agências bancárias foram fechadas, principalmente no Centro da capital mineira. A maioria dos trabalhadores e das trabalhadoras dos Correios também fez greve de 24 horas.

Às 6 horas, metalúrgicos de Belo Horiznte, Contagem e região e de Betim, petroleiros, trabalhadores em telecomunicações, eletricitários e bancários se concentraram em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, no bairro Jardim Industrial, e saíram em passeata até a Magnesita, na Cidade Industrial. Os manifestantes, coordenados pelos sindicatos, a CUT/MG e demais centrais sindicais, interromperam o trânsito na avenida Amazonas por mais de uma hora. Os metalúrgicos também fecharam a BR 040 em Congonhas.

Militantes e dirigentes do MST, do MAB e da Feraemg ocuparam, no início da manhã, o prédio do Ministério da Fazenda. Eles fecharam o trânsito da Praça da Estação e saíram em passeata até o ministério. “Ocuparemos os prédios do Ministério da Fazenda enquanto o Joaquim Levy ocupar o cargo de ministro. Ele tem prazo de validade. Estamos aqui pela pauta nacional, contra o ajuste fiscal, que Joaquim Levy simboliza, a terceirização e em defesa da democracia e da reforma agrária. A reforma agrária não sai por conta da política e do contingenciamento de recursos”, disse Silvio Netto, coordenador do MST. A presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, participou da manifestação no Ministério da Fazenda e levou o apoio da Central ao movimento.

Servidoras e servidores municipais de Belo Horizonte realizaram manifestação em frente ao Shopping Cidade. Em greve desde a última segunda-feira (25), eles reivindicam 25% de reajuste salarial, entre outros itens da pauta, mas a prefeitura (PBH) anunciou que não vai conceder aumento porque houve queda na arrecadação. Os manifestantes saíram em passeata até a Praça Sete.

Por causa da pressão do movimento sobre a prefeitura, dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel) foram chamados para reunião de negociação nesta sexta-feira (29). Israel Arimar, presidente do Sindibel, apresentou as representantes da PBH dados do Dieese que apontam a manutenção do nível de arrecadação. “O que a prefeitura fez foi uma projeção de queda, com base na conjuntura econômica, mas a arrecadação manteve o nível. Fomos chamados para nova rodada de negociação na próxima terça-feira (2), mas, na segunda-feira (1°) faremos uma assembleia geral para avaliar o movimento”, disse Bruno Pedralva, diretor do Sindibel.

Trabalhadoras e trabalhadoras da Master Brasil paralisaram as atividades e fizeram manifestação em frente à empresa de telemarketing, localizada na avenida Amazonas, na Região Central. Eles reivindicam reajuste salarial, aumento no valor do tíquete refeição, fim do assédio moral e das metas abusivas e melhores condições de trabalho.

Na Praça Sete, CUT, Sintect-MG, Sindimetro-MG e o Movimento Mundo do Trabalho realizaram durante todo o dia mobilização contra o projeto da terceirização sem limites e dialogaram com a população sobre os efeitos nefastos da proposta sobre a classe trabalhadora e a sociedade. Foram distribuídos panfletos em duas tendas e todos se juntaram, no final da tarde, no Grande Ato contra a Terceirização do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações.


Fonte: CUT/MG


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