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Trabalhadores da Saúde se mobilizam pela Redução da Jornada de Trabalho

13/05/2015
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Na terça-feira, dia 12 de maio, data em que é comemorado o Dia Mundial da Enfermagem, milhares de trabalhadores da Saúde ocuparam as ruas da região central da capital mineira exigindo a redução imediata da jornada de trabalho para 30 horas semanais. Os trabalhadores iniciaram com concentração na Praça da Estação, e de lá marcharam até a Assembleia Legislativa, onde participaram de Audiência Pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social, que discutiu além questões de interesse da categoria.

A jornada de 30 horas semanais é uma recomendação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), órgãos das Nações Unidas (ONU), que consideram que a jornada estressante pode gerar graves consequências na vida do trabalhador e nos atendimentos à população.

Marcha pelas 30 Horas

Após concentração na Praça da Estação os trabalhadores percorreram ruas e avenidas da capital mineira, entoando palavra de ordem como “30 horas já!”, “A nossa luta é todo dia, saúde não e mercadoria!", "Para a saúde é necessário, 30 horas sem redução do salário!”. Mesmo a longa caminhada e o sol quente não impediram uma grande adesão dos trabalhadores que mostraram muita garra e disposição para conquistarem a redução da jornada de trabalho.

Além do SINDIFES, a Marcha pelas 30 horas foi construída pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG),  Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), pelos Sindicatos dos Enfermeiros de Minas Gerais (SEEMG), dos Empregados em Estabelecimento de Serviço de Saúde (Sindeess), dos Psicólogos de Minas Gerais (PSIND-MG) e dos Servidores de Belo Horizonte (Sindibel), além do movimento Enfermeiros em Luta, Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/MG), Movimento Popular de Saúde (MOPS), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG).

Diversos trabalhadores da UFMG, principalmente do Hospital das Clínicas, participaram da Marcha, dentre eles as Coordenadoras de Saúde do Trabalhador e Qualidade de Vida do SINDIFES, Aparecida Gomes e Maria José Gomes Silva.

Aparecida Gomes, destacou durante a marcha os problemas enfrentados pelos trabalhadores dos Hospitais Universitários, sobretudo mais recentemente após a entrada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH.

Maria José afirmou que é preciso que os trabalhadores pressionem para conquistar a redução da jornada de trabalho, lembrando que todos ganham com essa conquista. “É impossível o profissional da saúde lidar com a vida de outra pessoa sob estresse e exaustão mental e física”, alertou Maria José.

Audiência Pública

No período da tarde os trabalhadores participaram de audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião foi convocada pelo deputado Celinho do Sinttrocell (PCdoB), autor de dois projetos de lei na ALMG que regulamentam a jornada de trabalho e o piso salarial para profissionais da enfermagem. Em nível federal, a categoria quer a aprovação do PL 2.295/2000, que tramita no Congresso e dispõe sobre a jornada de trabalho dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

Além de reforçar a mobilização junto aos parlamentares e ao Governo do Estado na luta por suas reivindicações, os manifestantes propuseram também a extensão das audiências públicas para o interior do estado, de forma a ampliar o debate e disseminar a luta para outros municípios. Outra proposta apresentada durante a audiência foi a de realização de uma visita de parlamentares e representantes de entidades à Secretaria de Estado de Saúde, a fim de pressionar o Governo do Estado a negociar.

Os deputados Geraldo Pimenta (PCdoB) e Professor Neivaldo (PT) e a deputada Geisa Teixeira (PT) também manifestaram solidariedade à luta dos trabalhadores da enfermagem e se comprometeram a trabalhar junto com os colegas pela aprovação dos dois projetos de lei referentes à categoria.

Saiba mais sobre a Audiência Pública.

Greve FHEMIG

Entre os participantes do dia de mobilização, estavam presentes muitos servidores de diversas unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em greve há 12 dias. Eles lembraram que a concessão das duas principais reivindicações da categoria – redução da jornada e fixação de um piso salarial – são promessas de campanha do governador Fernando Pimentel.


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