Nota da Direção do SINDIFES sobre a não adesão à paralisação nos dias 7 a 9 de abril06/04/2015
A Diretoria Executiva Colegiada do SINDIFES vem apresentar à Categoria dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação as justificativas para a não participação nas atividades relacionadas à paralisação nacional dos Servidores Públicos Federais (SPFs), nos dias 7, 8 e 9 de abril. Embora entendendo a importância das manifestações que dão início à campanha salarial dos SPF´s e que marcam a nossa posição em defesa dos direitos da classe trabalhadora, contra todo tipo de ataque aos direitos, a paralisação na base do SINDIFES iria comprometer o horizonte da nossa luta em outros aspectos: 1) Na semana de 6 a 10 de abril acontecerão 05 (cinco) assembleias de retirada de delegados para o Congresso da FASUBRA (CONFASUBRA) na UFMG, na UFVJM e no IFMG. A paralisação poderia esvaziar e comprometer todo o processo de organização da Categoria com vistas à participação nesta importante instância do movimento político dos TAE´s. Neste sentido, vários dos diretores do SINDIFES estão envolvidos em viagens e atividades de suporte e infraestrutura das assembleias, que acontecerão em Belo Horizonte e no interior, nas cidades de Montes Claros, Teófilo Otoni e Santa Luzia; 2) Historicamente, as instituições da base do SINDIFES têm dificuldades de realizar paralisações rápidas, devido ao seu tamanho, que demanda uma ampla mobilização para construção de movimentos, que costumam acontecer gradualmente e num espaço maior de tempo. Desta forma, as paralisações de poucos dias dificilmente são absorvidas pela Categoria dessas IFES; 3) Embora o movimento dos TAE´s seja autônomo e não se paute por opiniões externas, precisamos zelar pelo respeito às nossas lutas. A Associação Nacional dos Dirigentes nas Instituições Federais de Ensino (ANDIFES), em recente reunião do seu pleno, questionou os representantes da FASUBRA sobre qual seria a motivação de se realizar uma paralisação “colada” a um feriado, logo após o recesso prolongado da Semana Santa. Não concordamos com esta visão, mas entendemos que precisamos ter o apoio da sociedade e entidades às nossas lutas, e não criar motivações para sermos vistos como oportunistas; 4) A paralisação foi construída no Fórum dos SPFs, que neste atual momento vive um contexto diferenciado em relação aos TAE´s das IFES. Consideramos que o início desta luta exatamente no período em que os TAEs se organizam para o seu maior Congresso não foi avaliado de maneira correta, o que poderá trazer prejuízos à nossa Categoria. Reafirmamos nosso total apoio às entidades que estão organizando paralisações e incentivamos todas as iniciativas neste sentido. Inclusive, aplaudimos a ação da CUT, que também está convocando uma mobilização nacional, no dia 7 de abril, contra a votação do PL nº 4330/2004 no Congresso Nacional. O foco da ação é a rejeição do projeto de lei, que se aprovado trará graves consequências para os/as trabalhadores, porque precariza as relações de trabalho e fragiliza a organização sindical. |
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