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SINDIFES lamenta situação financeira do HC-UFMG

18/12/2014
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O SINDIFES lamenta profundamente que o Hospital das Clínicas da UFMG, referência em atendimento de alta complexidade no estado, esteja numa situação financeira complicada, sem recursos financeiros. É inadmissível que o Hospital mais importante do Estado de Minas Gerais fique em condições precárias, sem condições para comprar insumos básicos (desde material cirúrgico até itens de alimentação para os pacientes), pagar os salários dos trabalhadores vinculados ao contrato de Prestação de Serviços da HC-COOP e até mesmo as contas de água e luz.

Somos contra a terceirização no serviço público, mas não podemos compactuar com o fato dos trabalhadores terceirizados ficarem sem receber seus salários, questão que agrava-se por estarmos no final de ano. Sabemos que estes contratos precarizados são feitos apenas para reduzir os custos da mão de obra, retirando os direitos trabalhistas destas pessoas, que ficam ainda mais desamparadas nestas situações.

Este contingenciamento levará o Hospital das Clínicas a uma redução dos postos de trabalho e por consequência a redução dos atendimentos, principalmente com relação aos casos de urgência e emergência e os de alta complexidade, que exigem mais profissionais para seu atendimento. Logo teremos leitos de UTI, internações e consultas agendadas reduzidas drasticamente. Assim como o cancelamento de transplantes que, atualmente, apenas o HC realiza. Até o momento, a EBSERH (Empresa Brasileira de Recursos Hospitalares), que o governo garantiu ser a solução para os problemas dos hospitais univesitários, não conseguiu resolver o básico, e pelo visto trouxe mais problemas financeiros.

Não podemos esquecer, que há mais de três anos o SINDIFES vem alertando para este cenário, em que a EBSERH entraria para o Hospital das Clínicas da UFMG e não conseguiria solucionar os problemas, mas não imaginávamos que isso aconteceria tão cedo. A EBSERH nunca foi e não será a solução para os problemas dos Hospitais Universitários do Brasil. A solução sempre foi maiores investimentos em Saúde e Educação, e não a lógica do mercado, que reduz os postos de trabalho e os recursos materiais para reduzir os custos e aumentar o lucro, neste caso, reduzir o investimento total.

O SINDIFES, Ministério Público Federal e demais organizações (Conselho Nacional de Saúde e Conselho Federal de Medicina, por exemplo) já previam este quadro. Agora, o Sindicatoexige que o Governo Federal mantenha, no mínimo, os recursos financeiros que suportem os contratos e condições anteriores a entrada da EBSERH.

Não podemos aceitar o retrocesso, principalmente em áreas tão vitais para nosso país. Por isso acreditamos que o Governo Federal deve continuar a cumprir com sua obrigação e liberar os recursos financeiros retidos das áreas da Saúde e Educação, principalmente para os Hospitais Universitários. E que a EBSERH libere os recursos necessários para o pagamento dos trabalhadores RPA vinculados ao Hospital das Clínicas, assim como foi prometido.


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