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Ato de repúdio ao assassinato de Cleomar Rodrigues de Almeida

06/11/2014
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Os movimentos sociais e sindical, as organizações populares e democráticas realizam nesta quinta-feira (6) Ato de Denúncia do covarde assassinato do líder da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Bahia, Cleomar Rodrigues de Almeida. Cleomar foi assassinado por pistoleiros, a mando do latifúndio, no último dia 22 de outubro, em tocaia na porteira da área em que vivia e trabalhava, em Pedras de Maria da Cruz, na Região Norte de Minas Gerais. A manifestação será às 18h30, no auditório do Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte – rua Tupinambás, 1.045, Centro da capital mineira.

Os coordenadores do ato convidam a todos que conheceram a luta de Cleomar Rodrigues, sua dedicação sem limites à causa da Revolução Agrária, pela produção, da tomada das terras pelos camponeses, contra todo esse sistema de opressão e exploração.

Eles convidam todos aqueles e aquelas que se solidarizam com a luta de Cleomar Rodrigues, que se revoltam com esse crime hediondo do latifúndio, que contou com a conivência e a omissão de todos os órgãos do Estado, a quem o dirigente da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Bahia e camponeses já haviam anunciado e denunciado reiteradas vezes, para que somar ao grito de revolta dos camponeses e apoiadores da luta pela terra.

O clima tenso na região envolvendo fazendeiros, trabalhadores sem-terra e comunidades tradicionais foi discutido durante audiência pública realizada em Pedras de Maria da Cruz, no dia 9 de outubro, organizada pelo Ministério Publico Federal. Cleomar Rodrigues participou da audiência e reforçou a denúncia contra um fazendeiro, acusado de fechar as cancelas de uma estrada que dá acesso ao assentamento de sem-terra Unidos com Deus, Venceremos e à comunidade tradicional de vazanteiros de Caraíbas.

A ação impedia a passagem do veículo que faz o transporte escolar das crianças da área, distante 12 quilômetros da sede do município. Com isso, para ir até a escola na cidade, 32 crianças do assentamento e da comunidade tradicional foram obrigadas a percorrer o Rio São Francisco, na balsa da prefeitura, enfrentando os riscos da travessia.

Cleomar Rodrigues foi morto por volta das 19 horas do dia 22 de outubro próximo a uma cancela, na estrada rural que dá acesso ao assentamento Unidos com Deus. Ele pilotava uma moto e retornava da cidade, onde foi comprar mantimentos. Ele foi atingido por um tiro de uma espingarda calibre 12. Na tarde do mesmo dia, outro morador do assentamento, José Gonçalves, foi agredido com uma facada na cabeça, quando pescava numa lagoa marginal do Rio São Francisco. Ele foi socorrido e atendido em um hospital de Januária.

Escrito por: Rogério Hilário


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