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SINDIFES promove Roda de Conversa em comemoração à Semana da Consciência Negra

23/11/2016
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O SINDIFES promoveu, no dia 22 de novembro, uma Roda de Conversa sobre os Trabalhadores e Trabalhadoras Negras nos Espaços de Poder, na praça de serviços da UFMG, no Campus Pampulha. O evento, em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra - 20 de novembro - fez parte das atividades da Greve e contou com a presença da TAE, pós graduada na área de humanas, sócio-político governamental, Márcia Bonata, e com da TAE, mestra e doutoranda em Educação, Yone Maria Gonzaga.

De acordo com Márcia Bonata, é preciso mudar o modelo de ensino para dar ao cidadão condições de compreender o conceito de igualdade, o ideal é que essa mudança atinja a política, a ideologia e os espaços de poder e de convivência, “só assim será possível uma discussão justa”.

Yone Maria Gonzaga concordando com Márcia, reforçou que o preconceito e o racismo começam na universidade, “quando o negro, principalmente as trabalhadoras negras, ocupam lugares de poder e não são respeitados da mesma maneira que um branco ocupando este mesmo espaço”.

Para a doutoranda em Educação, ainda é necessário tomar algumas medidas para que o debate sobre o racismo ganhe força e também “investir na formação de intelectuais negros que se tornem críticos e engajados e possam assumir esses espaços. Precisamos também trazer pessoas brancas que sejam parceiras nessa luta”. Yone  enfatizou que vinte de novembro não é por um dia, é uma luta por direitos.

Com a palavra aberta aos ouvintes, a Coordenadora de Comunicação do SINDIFES, Neide da Silva Dantas falou, “o lugar do negro são todos os lugares da universidade, da sociedade. Todos os lugares que são reservados a nós outros.” Mas para ela, é preciso acabar com os rótulos culturalmente criados e que identificam os negros.

A Diretora de Comunicação da CUT-MG, Rosangela Costa, disse que esses debates são mais engessados quando se trata da mulher negra, mas acredita que a universidade não pode deixar o assunto de lado, “é preciso que seja um debate fraterno, mas que seja firme.” Lembrou ainda que é importante encontrar caminhos via SINDIFES, para que este tema esteja na pauta da UFMG com mais frequência.

Yone Gonzaga ressaltou que as práticas discriminatórias partem dos discursos que são repetidos cotidianamente e sugeriu algumas ações que podem ser feitas via SINDIFES, com o objetivo de tornar essas discussões mais claras, “a criação do GT e o apoio a produção acadêmica escrita sobre as nossas práticas, porque isso mostra que não somos invisíveis e não estamos indiferentes a essas questões”. No final, ela ainda lembrou que a UFMG se comprometeu a fazer uma política de cotas, para garantir que os espaços de poder sejam distribuídos entre todos os grupos de forma igualitária.

A Roda de Conversa terminou com o Show da cantora de Samba Cinara Ribeiro, cantando Tres Raças de Clara Nunes e diversas composições com a temática do movimento negro.


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